Os mini e pequenos criadores de gado da Ilha do Bananal – que abrange áreas de Mato Grosso, Goiás e Tocantins – ganharão uma linha especial de crédito que está sendo criada pelo Banco do Brasil (BB), com o objetivo de manter os rebanhos paralisados no local por pelo menos dois anos. Somando 2 milhões de hectares, a ilha é classificada como sendo de alto risco de ocorrência de febre aftosa e seu rebanho é estimado em 50 mil a 70 mil cabeças pela Agência Rural de Goiás (Ager).
A criação do programa foi anunciada ontem ao final de uma reunião realizada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília, entre o ministro Pratini de Moraes e diretores do Fórum Nacional de Pecuária de Corte (FNPC). Ainda não há previsão de quanto será liberado, mas o anúncio do financiamento atende a uma antiga aspiração da Associação de Criadores da Ilha do Bananal.
O objetivo é impedir o trânsito de animais, que, em tese, somente poderiam ser transportados para estados que estão fora da zona livre de aftosa. Segundo o presidente do FNPC, Antenor Nogueira, agora os criadores de gado da Ilha do Bananal terão mais dois anos consecutivos para vacinar seus animais contra a doença. Decorrido esse prazo, o gado que sair da ilha será submetido à sorologia para que a sanidade dos animais seja comprovada.
A Associação dos Criadores da Ilha do Bananal, presidida por Márcio Pires, vai encaminhar imediatamente ao BB uma listagem dos seus associados, com os respectivos números de animais, que ficarão como garantia do pagamento do financiamento. Os recursos que serão liberados vão depender do total de cabeças de gado que cada produtor possuir.
Fonte: Diário de Cuiabá (por Nelson Severino), adaptado por Equipe BeefPoint