A Bertin S.A. anunciou que não comprará mais gado de fazendas onde tenham ocorrido desmatamentos a partir de 10 de agosto de 2009. O compromisso da Bertin com o fim do desmatamento na Amazônia provocado pela pecuária veio depois de duas reuniões com representantes do Greenpeace. Durante os encontros, as partes afinaram suas visões sobre o papel que os frigoríficos podem desempenhar no combate à derrubada da floresta amazônica e discutiram critérios para implementar esta política. A diferença entre o TAC e o anúncio de ontem está na decisão de excluir de sua lista de fornecedores qualquer fazenda flagrada com desmatamentos recentes, independente de serem legais ou ilegais.
A Bertin S.A. anunciou que não comprará mais gado de fazendas onde tenham ocorrido desmatamentos a partir de 10 de agosto de 2009. A empresa também está comprometida em excluir de sua lista de fornecedores propriedades rurais envolvidas com trabalho escravo, violência agrária, grilagem de terras e invasão de Terras Indígenas e Unidades de Conservação.
O compromisso da Bertin com o fim do desmatamento na Amazônia provocado pela pecuária veio depois de duas reuniões; uma de quatro horas e a outra de quase sete horas com representantes do Greenpeace. Durante os encontros, as partes afinaram suas visões sobre o papel que os frigoríficos podem desempenhar no combate à derrubada da floresta amazônica e discutiram critérios para implementar esta política.
A Bertin garantiu que num prazo de seis meses terá capacidade de rastrear o gado das fazendas de engorda, responsáveis pelo fornecimento direto para o abate. Quanto ao resto da cadeia produtiva do gado, as fazendas de cria de bezerros e recria de garrotes, a empresa acredita que em dois anos terá capacidade de rastreá-las, estendendo o controle sobre o gado que chega até suas plantas.
Essa última meta, no entanto, devido às dificuldades da Bertin em identificar seus fornecedores indiretos – as propriedades rurais que abastacem as fazendas de engorda – será reavaliada dentro de seis meses, a partir da realidade dos três estados no bioma amazônico, Mato Grosso, Pará e Rondônia, onde a empresa possui plantas de processamento. No Mato Grosso, devido ao envolvimento direto do governo do estado num programa de cadastro rural e licenciamento ambiental, a Bertin acredita que não deverá ter grandes problemas para estender a rastreabilidade à toda a sua cadeia de fornecedores em dois anos.
O Greenpeace e a Bertin se comprometeram a trabalhar junto aos governos estaduais e federal, outras ONGs e produtores rurais no sentido de mobilizá-los para cumprir os objetivos da empresa e implementar essa política de desmatamento zero para a pecuária na Amazônia.
A Bertin assinou, há pouco mais de um mês, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público Federal e o governo do Pará. A diferença entre o TAC e o anúncio de ontem está na decisão de excluir de sua lista de fornecedores qualquer fazenda flagrada com desmatamentos recentes, independente de serem legais ou ilegais. A Bertin, por meio de seu sistema de rastreabilidade, recém auditado pela SGS, confirma que sempre teve controle de seus fornecedores diretos, excluindo os produtores que estavam relacionados a desmatamento ilegal e trabalho escravo.
“A responsabilidade ambiental é cada vez mais relevante para que uma empresa como a nossa consiga manter, e ampliar, seus espaços nos mercados interno e externo de produtos bovinos”, disse Fernando Bertin, presidente da Bertin. “Nós hoje estamos dando um passo fundamental e em seis meses, seremos capazes de rastrear nossos fornecedores diretos para assegurar sua adesão à esta política”.
O executivo informa ainda que a Bertin também irá dar continuidade ao seu projeto de sustentabilidade iniciado em 2007, uma proposta de vanguarda para o setor de carnes por abranger não só aspectos de sustentabilidade como a importância das questões econômicas e sociais da região. O projeto consiste em orientar e promover técnicas para melhoria da produção para o máximo aproveitamento da terra. “Se o pecuarista conseguir ampliar suas técnicas e capacidade produtiva dentro de um mesmo espaço de terra, será melhor também para ele e menor será a pressão sobre o meio-ambiente”, finaliza Fernando Bertin.
As informações são da Bertin S.A., resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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Enhorabuena a Bertin por hacer públicos los detalles de estas discusiones con Greenpeace. Hace falta hablar más sobre este tema, reafirmando que la postura de respetar el medio ambiente no es nada nuevo para las empresas brasileñas.
Tengan en cuenta que Greenpeace ha emitido en seguida una nota de prensa que da la impresión de que la ONG ha podidio convencer a Bertin de que cambiara su actitud. Es muy importante que las empresas como Bertin también hablen en público. Cuando Greenpeace abre la boca, parece que todo el mundo acepta lo que dice sin cuestionar nada.
As decisões tomadas pela Bertinsã exemplo para todas as demais empresas mesmo de outros seguimentos que ainda muito compromentem a vida na terra.
PARABENS DIRETORIA E FUNCIONARIOS DA BERTIN S/A
Olá pessoal, gostaria de saber sobre o que acham do Sisbov?
Teoricamente eram para todos os bovinos estarem brincados e as propriedades certifcadas até dezembro de 2007.Quais foram os entraves para que o programa não obtivesse o esperado, que eram todos os animais identificados e rastreados.
E outra duvida, esse programa era para favorecer só as exportações ou pra atender também o mercado interno? Os frigoríficos estão pagando a mais para os pecuaristas que implantaram o Sisbov?
Gostaria que essas minhas perguntas fossem respondidas.
Abraço