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Bertin vai investir em projeto ambiental no Pará

O frigorífico Bertin vai investir quase US$ 10 milhões em seu projeto ambiental, que tem o estado do Pará como "piloto". O mercado de produtos sustentáveis responde atualmente por 20% das exportações do grupo.

O frigorífico Bertin vai investir quase US$ 10 milhões em seu projeto ambiental, que tem o estado do Pará como “piloto”. O mercado de produtos sustentáveis responde atualmente por 20% das exportações do grupo.

A meta da instituição, que pleiteia um financiamento de US$ 90 milhões do International Finance Corporation (IFC) – braço do Banco Mundial – é ter todas as suas seis unidades frigoríficas neste parâmetro em 10 a 15 anos. O Bertin será o primeiro frigorífico brasileiro a receber recursos da instituição.

Douglas Oliveira, diretor-financeiro do Bertin, explica que para conseguirem o financiamento – que não será usado apenas no estado – os fornecedores terão de atender a 10 requisitos que, no final, vão se reverter em um selo Eurepgap – de boas práticas ambientais e sociais. Entre as exigências estão a proibição de desmatamento ilegal, de uso de trabalho escravo, de grilagem de terra, entre outros.

Atualmente a unidade de Marabá abate 800 animais por dia. Com os investimentos, a capacidade industrial será dobrada ainda este ano. Estima-se que em todo o estado exista um excedente de 3,8 mil animais por dia para abate.

Os US$ 90 milhões fazem parte do plano total do grupo para 2007, que estima investimentos de R$ 300 milhões no ano. Além do Pará, o Bertin vai ampliar a unidade de Campo Grande (MS), aumentando o abate total em 3 mil animais por dia.

Oliveira afirma que o investimento no Pará se deve à logística para exportação. A empresa espera que até 2009 a região possa ser considerada área livre de febre aftosa com vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Além disso, há disponibilidade de gado na região e existe um mercado crescente para “produtos ambientalmente sustentáveis”. “A sustentabilidade será a exigência de todos no futuro, não apenas de alguns mercados”, diz.

As informações são de Neila Baldi para a Gazeta Mercantil.

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