A ocorrência de febre aftosa no Mato Grosso do Sul e as suspeitas da doença no Paraná resultaram na queda de 42,5% no volume de contratos futuros de boi gordo negociado em novembro na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) em relação a outubro, para 22.615 papéis. “Com a febre aftosa, houve queda no preço da arroba no mercado físico, que resultou em motivação menor por hedge”, disse o diretor de mercados agrícolas, Félix Schouchana.
Tradicionalmente, o número de contratos negociados em novembro na BM&F cai 20% em relação a outubro, mês em que a procura por contratos aumenta significativamente em função da entressafra. “O pico da entressafra ocorre em outubro, o que estimula as compras dos contratos. Em 2004, excepcionalmente, foram negociados mais contratos em novembro que em outubro”, contou.
Na comparação com novembro do ano passado, quando foram negociados 16.792 papéis, o número de títulos negociados cresceu 34,7%. “Foi um volume recorde para um mês de novembro”, afirmou. No acumulado de janeiro a novembro, a alta foi de 44,2%, para 289.896 contratos.
Schouchana ressaltou o desempenho dos contratos mini de boi gordo, que passaram de 1.633 em outubro, para 11.321 em novembro. “Enquanto um contrato futuro de boi gordo corresponde a 20 cabeças, o mini equivale a duas cabeças, interessantes para quem quer aprender a operar no mercado futuro”, disse.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Chiara Quintão), adaptado por Equipe BeefPoint