Durante a última semana, o mercado físico de boi gordo continuou apresentando queda nos preços, devido à situação delicada da carne bovina.
A demanda estava lenta, e muitas indústrias enfrentavam o desafio de lidar com estoques elevados, conforme destacado pelo analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias.
A dificuldade no mercado doméstico pode ser atribuída, em parte, à carne de frango, que segue com excesso de oferta, resultando em uma intensa queda nos preços tanto no atacado como no varejo.
A condição tem tornado a carne de frango altamente competitiva em comparação com a carne bovina.
Mesmo com escalas pouco confortáveis em diversas regiões do país, com uma média de quatro dias úteis, os fatores de demanda impedem qualquer possibilidade de alta nos preços.
O mercado atacadista também registrou queda nos preços ao longo da semana.
O cenário aponta para a continuidade dessa tendência, uma vez que a reposição entre atacado e varejo apresenta-se mais lenta na segunda quinzena do mês.
A situação é agravada pela sobreoferta de carne de frango, que tem desestabilizado as proteínas concorrentes, principalmente a carne bovina.
Quanto às exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil, foram registrados US$ 370,242 milhões em julho (10 dias úteis), com média diária de US$ 37,024 milhões.
A quantidade total exportada chegou a 76,269 mil toneladas, com média diária de 7,662 mil toneladas.
O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.831,60.
Comparando com julho de 2022, houve uma queda de 29% no valor médio diário das exportações, uma perda de 3,7% na quantidade média diária exportada e uma desvalorização de 26,2% no preço médio.
Fonte: Agência Safras, publicado no Canal Rural.