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Boi gordo: físico segue firme e indicador fecha em alta

No mercado físico, a oferta segue restrita e a expectativa é firmeza nos preços para os próximos dias. Nesta sexta-feira, o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 91,64/@, alta de R$ 0,05, semana a alta acumulada foi de 0,54%. O indicador a prazo teve valorização de R$ 0,03, sendo cotado a R$ 93,04/@.

Nesta sexta-feira, o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 91,64/@, alta de R$ 0,05, na semana a variação acumulada foi de 0,54%. O indicador a prazo teve valorização de R$ 0,03, sendo cotado a R$ 93,04/@.

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio

Na BM&F todos os vencimentos fecharam em baixa. Outubro/08 apresentou recuo de R$ 1,83, fechando a R$ 93,67/@, com 4.514 contratos negociados e 28.216 contratos em aberto. Os contratos que vencem em novembro/08 fecharam a R$ 95,79/@, com variação negativa de R$ 2,20.

Segundo Rodrigo Brolo, broker da TradeWire Brazil, “depois de uma semana de euforia de alta nos preços futuros, mais motivada pela alta do dólar do que por preços novos, o mercado futuro terminou a semana com forte queda, chegando a atingir o limite de baixa depois que boato de frigoríficos grandes dando calote começou a rondar pelas corretoras. No mercado físico as escalas estão fechadas para essa semana em SP e no MS. Com o dólar voltando a cair e o cenário financeiro melhorando, é possível que as ofertas melhorem um pouco depois da retenção de gado dos primeiros dias de outubro e uma nova alta possa ser novamente postergada para novembro”.

Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 10/10/08

Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para outubro/08

No mercado físico, a oferta segue restrita e a expectativa é de firmeza nos preços para os próximos dias. Em São Paulo, os grandes frigoríficos reportam que após o reajuste de preços conseguiram escalas mais longas e tem mais tranquilidade para trabalhar durante essa semana. Aqui vale ressaltar que a disponibilidade de animais de cocho é pequena e grande parte dessas escalas foram conseguidas com animais do MS, onde a oferta é um pouco melhor.

Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seção cotações.

No atacado, o equivalente físico foi calculado em R$ 89,46/@, alta de 0,81%. O traseiro foi cotado a R$ 6,90, o dianteiro a R$ 5,30 e a ponta de agulha a R$ 4,50. Assim, o spread (diferença) entre indicador e equivalente recuou para R$ 2,18/@, melhorando as margens do frigorífico, que vinham apertadas durante os últimos meses.

Segundo a Apas (Associação Paulista de Supermercados), Os preços das carnes vendidas para os supermercados subiram cerca de 15% nos últimos dias. “Por enquanto, as redes vão tentar segurar os reajustes, pois aguardam pelo recuo nos preços”, diz Martinho Paiva, vice-presidente da entidade.

Na avaliação da associação, os preços subiram em razão da oferta reduzida no mercado interno. “Como as exportações diminuíram, os frigoríficos decidiram reduzir os abates e, com o mercado interno mais comprador, os preços subiram”, afirma.

Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico

Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 719,99/cabeça, alta de R$ 0,29. A relação de troca continua em 1:2,10.

André Camargo, Equipe BeefPoint

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