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Boi gordo: oferta restrita puxa alta da arroba

Diante da pouca oferta e do reduzido volume de negócios, a arroba do boi gordo começou a semana em alta. O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 77,89/@, com valorização de R$ 0,54. O indicador a prazo teve alta de R$ 0,64, sendo cotado a R$ 78,68/@.

Diante da pouca oferta e do reduzido volume de negócios, a arroba do boi gordo começou a semana em alta. O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 77,89/@, com valorização de R$ 0,54. O indicador a prazo teve alta de R$ 0,64, sendo cotado a R$ 78,68/@.

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio

A BM&FBovespa também fechou em alta, com exceção dos contratos que vencem em agosto/10 todos os vencimentos apresentaram variação positiva. Março/10 registrou alta de R$ 0,16, fechando a R$ 78,65/@ e maio/10 fechou a R$ 77,89/@ (+R$ 0,34). Os contratos com vencimento em outubro/10 tiveram variação positiva de R$ 0,33, fechando a R$ 84,90/@.

Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 08/03/10

Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para outubro/10

O leitor do BeefPoint, Alexandre Lemos Debs, de Araguari/MG informou através do formulário de cotações do BeefPoint, que na sua região o boi gordo é negociado a R$ 72,00/@, com prazo de 30 dias. Ele comenta que no Triângulo Mineiro o boi rastreado está valendo R$ 74,00/@.

Elvis Neiva, de Umuarama, no noroeste do Paraná, informa que a arroba do boi gordo está sendo negociada a R$ 75,00/@. “Os frigoríficos da região estão praticando este preço no boi gordo à vista. Houve notícia que foi pago até R$ 77,00/@ num lote de 700 bois na semana passada”, informa Neiva. Quanto às fêmeas o leitor comenta que vendeu um lote de novilhas a R$ 70,00/@, à vista e livre do imposto, “sendo que houve oferta até de R$ 71,00 após o fechamento do negócio”. Segundo Neiva, a reposição está complicada, “estão pedindo R$ 600,00 no bezerro nelore e R$ 500,00 na bezerra. Isso se deve um pouco a expectativa de alta no mercado e aos leilões da ExpoUmuarama que teve início na última sexta-feira e se encerra no dia 14/03. Esses preços estavam sendo praticados quando a arroba do boi batia na casa dos R$ 80,00 e da vaca a R$ 75,00. Está difícil para quem atua no ramo da engorda obter lucros com o preço da reposição no patamar em que está, levando em conta o preço de venda final”.

Como está o mercado na sua região? Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado do boi gordo e reposição informando preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.

Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seção cotações.

No atacado, o traseiro foi cotado a R$ 6,20, o dianteiro a R$ 4,10 e a ponta de agulha a R$ 3,60. O equivalente físico permaneceu inalterado em R$ 75,65/@ e o spread (diferença) entre indicador e equivalente subiu para R$ 2,25/@.

Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico

Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 637,40/cabeça, com valorização de R$ 7,10. A relação de troca permanece em 1:2,02.

Segundo Manoel Torres Filho, de Tupi Paulista/SP, “o mercado de reposição está um pouco mais aquecido, principalmente por lotes de boa qualidade. A procura pelo gado gordo também aumentou, mas é sempre aquele jogo de braço, o frigorífico precisa matar aumenta um pouco o preço, compra o necessário o preço volta e o pecuarista não vende mais”.

André Camargo, Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Será que o mercado vai repetir este ano o mesmo padrão dos últimos dois: preços em alta na safra e em queda na entresafra? Ou será que simplesmente estamos em um movimento de recuperação de preços?

    Apesar do aumento significativo no número de animais confinados permitir uma oferta mais constante de animais ao longo do ano não consigo acreditar que o volume de animais confinados (entre 2 e 3 milhões) já seja suficiente para inverter a sazonalidade da atividade pecuária.

    Será que este fenomeno de inversão de preços safra / entresafra dos últimos dois anos foi resultado de uma estratégia de compra dos frigoríficos ou simplesmente resultado de uma conjunção de aspectos conjunturais aleatórios?

    A verdade é que falta um estudo econômico amplo para explicar melhor o que vem ocorrendo e subsidiar as nossas decisões de investimento.

    Att,