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“Boi Pirata” é arrematado, Minc diz que ação continua

O Ministério do Meio Ambiente conseguiu, na quarta tentativa, vender as 3.046 cabeças de gado apreendidas na Estação Ecológica da Terra do Meio, no município de Altamira, no Pará. Os lotes foram arrematados pelo valor inicial de R$ 1,260 milhão no leilão eletrônico realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Houve apenas um lance pelos chamados "bois piratas", que estavam divididos em sete lotes.

O Ministério do Meio Ambiente conseguiu, na quarta tentativa, vender as 3.046 cabeças de gado apreendidas na Estação Ecológica da Terra do Meio, no município de Altamira, no Pará. Os lotes foram arrematados pelo valor inicial de R$ 1,260 milhão no leilão eletrônico realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Houve apenas um lance pelos chamados “bois piratas”, que estavam divididos em sete lotes. Não foi divulgado o nome do comprador.

Para o leilão de ontem, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) reduziu ainda mais o valor dos lotes. A previsão era de que o lance mínimo fosse de R$ 1,6 milhão, preço que representa uma redução de 50% sobre o valor do primeiro leilão realizado pelo Ibama, de R$ 3,15 milhões. O deságio foi autorizado pelo desembargador federal Souza Prudente, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Por meio de sua assessoria, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou que pecuaristas da região estavam fazendo “uma queda de braço” com o governo, promovendo um boicote que levou ao insucesso das primeiras tentativas de se leiloar o gado, “mas acabou prevalecendo o interesse ambiental, mesmo com a venda pelo preço mínimo”.

“Nosso objetivo não é vender boi nem ganhar dinheiro, mas proteger as unidades de conservação. Após a apreensão desses bois piratas, 36 mil outras cabeças de gado já foram retiradas pelos donos da estação ecológica e outras 20 mil de outra unidade de conservação, também na Terra do Meio. E outras ainda serão retiradas, porque nossa ação contra o boi pirata não vai parar”, disse Minc.

O ministro lembrou que agora, após assinatura de decreto regulamentando a Lei de Crimes Ambientais, pelo presidente Lula, o Ibama passou a ter direito ao chamado perdimento. Ou seja, ao se esgotar o processo administrativo, com direito de defesa dos acusados, o gado apreendido em qualquer unidade de conservação poderá ser vendido sem demora, com o dinheiro sendo aplicado em outras ações de combate a crimes ambientais.

“O nosso ganho com essas operações não é financeiro, mas de combate à impunidade e de preservação do meio ambiente. Acabou a moleza, acabou a impunidade. Os proprietários que estejam criando gado em unidades de conservação terão que retirá-lo”, disse o ministro.

As informações são da Agência Estado, adaptada e resumida pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Evandro disse:

    O tenho certeza que o desmatamento é um desrespeito a natureza, mas este processo tem q ser avaliado com cautela, pois existem muitos agricultores que dependem de sua “pequena propriedade” para sobreviverem, será que ninguém pensa em suas famílias. Agora vamos olhar para trás um pouco, o que acontecu com aqueles políticos que roubaram e ainda roubam dinheiro dos cofres públicos, sonegam impostos, são pegos com dinheiro não declarado e outras notícias escandalosas que ouvimos por ai. Se ele quer proteger as unidades de conservação, quem protegera nós o povo que trabalha para pagar o dinheiro que recebem todo mês, e ainda pagamos seus gastos diários como alimentção, trasportes e outros que não sabemos. Quem protegerá nós eim…

  2. Claudio Alberto Zenha Carvalho disse:

    Esse ministro é um idiota, um imbecil, um palhaço. Pendura logo uma melancia no pescoço que vai aparecer mais ainda.

  3. Fábio de Souza disse:

    Depois de muitas tentativas o ministério do meio ambiente conseguiu encontrar alguem que não gosta dos pecuarista e se aproveitou da situação para comprar animal barato.
    Agora o governo pegou o gosto pelo negócio……

    Cuidado comprador amanhã poderá ser o teu rebanho!!!!!

  4. José Manuel de Mesquita disse:

    Pois é…

    Quem arrematou: CONAB, Empresa pública, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, criada por Decreto Presidencial e autorizada pela Lei nº 8.029, de 12 de abril de 1990, tendo iniciado suas atividades em 1º de Janeiro de 1991. A Conab é a empresa oficial do Governo Federal, encarregada de gerir as políticas agrícolas e de abastecimento, visando assegurar o atendimento das necessidades básicas da sociedade, preservando e estimulando os mecanismos de mercado.

    Possui várias atribuições, e na área social a Conab atua em parceria com o Fome Zero, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), sendo responsável pela logística do recebimento, armazenamento e distribuição dos donativos.

    O destino destes animais não poderia ser outro, o governo confisca, e uma empresa do próprio governo arremata em leilão; convém ressaltar que tudo dentro da legalidade.

    Em 22/07/08, comentei o artigo que mencionava o 2º fracasso do leilão “Boi Pirata” e nele mencionei alguns pontos reproduzidos abaixo:
    ———————————————-
    Será difícil encontrar compradores para animais nesta situação.

    Eventuais interessados, devem se sentir na posição de quem teve os animais sequestrados. Simplificando: hoje foi com ele, amanhã poderá ser comigo: difícil julgar, afinal ninguém cria 3.500 animais em áreas proíbidas sem que as autoridades locais tenham conhecimento e consentimento de operação de tal envergadura.

    Por completa falta de planejamento e logística adequada, estes animais poderão ter 2 destinos: Ficarão onde estão, ou se reduzirão significativamente a caminho das panelas do “Fome Zero”.
    ————————————————-

    Continuando o assunto, convém ainda lembrar que o proprio Ministro Carlos Minc afimou que além das 3.500 leiloadas estão os criadores já retiraram por volta de 36.000 e outras 20.000 que estão sendo retiradas…

    Pela dimensão dos números, é impossível que os orgãos públicos envolvidos na conservação e fiscalização do meio ambiente (e seus dirigentes) possam alegar desconhecimento com as operações de invasão/desmatamento/plantio da pastagem/introdução do gado em terras definidas como Reservas Florestais da União.

    Gostaria de saber se não será aberto um procedimento administrativo, para identificar os orgãos responsáveis e punir seus respectivos dirigentes, afinal se todos eles (orgãos públicos e seus dirigentes) cumprissem com suas obrigações, nada disso teria acontecido.

    Infelizmente nada acontecerá com êles, afinal são escolhidos a dedo pelos dirigentes de plantão, que em geral nada conhecem do assunto, fazem parte da cota de aliados que fingem dar apoio para a tal da governabilidade necessária à condução do país.

    Ao final a culpa será do Boi, já rotulado de pirata (tão em moda), e os predadores com seus respectivos protetores passarão ao largo… como sempre alías…