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Brasil é considerado ameaça às exportações de carnes dos EUA e da UE

O Brasil poderá ser maior ameaça às exportações de carnes dos Estados Unidos e da União Européia (UE), segundo foi discutido em uma conferência realizada na semana passada em Londres.

A conferência chamada Outlook 2003, organizada pela Comissão Britânica de Carnes e Animais Domésticos, discutiu as tendências futuras para a indústria de carnes do Reino Unido, dos EUA e globalmente. O evento contou com palestrantes da Comissão Européia e dos EUA que alertaram que a indústria de carnes poderá sofrer ameaças da indústria de carnes do Brasil, que está em desenvolvimento.

“O Brasil é um país que temos que observar porque tem um enorme potencial de produção. Eles estão prestes a se tornar uma super potência”, disse o Diretor Geral de Agricultura da Comissão Européia, Lars Hoelgaard. Ele disse que a desvalorização do Real e o desejo do novo presidente do Brasil de transformar o país em um mercado baseado em economia significam que o país poderá se tornar uma potência da indústria internacional de carnes no futuro.

Seus comentários foram apoiados pelo editor da Cattle Buyers Weekly nos EUA, Steve Kay. “O Brasil é o rolo compressor da indústria. Ele quer ser o maior exportador de carne bovina até 2005. Em 2002, o país já exportou 910 mil toneladas de carne bovina e seu rebanho está próximo de 200 milhões de cabeças”.

Segundo Kay, a indústria de carne bovina brasileira está tentando conquistar mercados, como as Filipinas, por exemplo, que é tradicionalmente um mercado da Austrália. “Isto significa que a carne bovina australiana terá que procurar outro mercado”.

Kay disse que o Brasil está também rapidamente crescendo em suas exportações de carne suína, que atingiram o volume de 404 mil toneladas no ano passado.

Fonte: MeatNews.com, adaptado por Equipe BeefPoint

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