Entre os principais produtores de alimentos no mundo, o Brasil é um dos países que mais conserva o meio ambiente, com uma legislação voltada à recuperação de áreas de preservação permanente (APP) e reserva legal (RL). Em dezembro a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) vai participar da 24ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP24), na Polônia, para mostrar as experiências bem-sucedidas que comprovam o compromisso do agro brasileiro com as metas voluntárias de Copenhague, que agora se estendem ao Acordo de Paris, que entra em vigor em 2020.
Em comparação com outros países produtores, como os Estados Unidos, por exemplo, o Brasil utiliza apenas 30,2% da terra para fins agropecuários, enquanto no país norte-americano são 74,3%. O que significa que o País está comprometido com ações de combate ao aquecimento global e às mudanças climáticas, explica o coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias Filho.
“O novo Código Florestal é uma importante ferramenta para mitigação dos gases do efeito estufa e a agropecuária, que é um dos setores mais afetados com o aumento da temperatura da terra, está empenhada em adotar práticas sustentáveis e a recuperar os passivos ambientais dentro das propriedades rurais”, disse.
A CNA tem buscado formas de auxiliar o produtor rural na recuperação de APPs e reserva legal e na adaptação dos sistemas produtivos. Atualmente desenvolve o Projeto Biomas em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A iniciativa oferece tecnologia para proteção e uso sustentável das paisagens rurais nos diferentes biomas brasileiros, com ênfase no uso da árvore na propriedade rural para fins econômicos e ambientais.
“Já foram investidos 20 milhões de reais em pesquisas e 230 mil árvores plantadas entre espécies nativas e exóticas desde 2010. O projeto tem 240 hectares de vitrines demonstrativas de tecnologias e já capacitou mais de seis mil técnicos e produtores rurais em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar)”, afirmou a coordenadora executiva do Projeto Biomas na CNA, Cláudia Rabello.
Além de iniciativas como o Projeto Biomas, o Sistema CNA promove eventos para debater temas de relevância para o produtor como o Agro em Questão: Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). O PSA é uma alternativa econômica à compensação dos custos privados de conservação da biodiversidade. O produtor que tem ativo ambiental na propriedade e prefere mantê-lo preservado, pode ser recompensado por isso.
“Existe um custo para o produtor manter o ativo ambiental. Por isso, ele precisa de incentivo para que consiga exercer essa proteção. Se a gente quiser diminuir o avanço sobre novas áreas, precisamos criar alternativas de renda para o produtor rural e para que sua propriedade se sustente”, ressalta Nelson Ananias Filho.
“A CNA participa do processo de construção de uma lei que definirá os processos de pagamentos por serviços ambientais prestados no Brasil.”
Na COP 24, “vamos mostrar que nosso sistema produtivo é sustentável do ponto de vista ambiental, econômico e social. Por causa disso o Brasil é um dos países que tem maior quantidade de área preservada do mundo”, destacou o consultor de meio ambiente da CNA, Rodrigo Justus.
“O Brasil tem experiência real em grande escala de agricultura inteligente e moderna e vamos à COP mostrar tudo isso, para não deixar que a suposição substitua os fatos”.
No próximo dia 08 de novembro a CNA vai promover o workshop “Agropecuária brasileira no Acordo de Paris.” Para participar, acesse aqui e se inscreva.
Fonte: Assessoria de Comunicação CNA/SENAR.