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Brasil é primeiro país a desenvolver técnica de produção de embriões sem uso de laboratório

tifoiTrês bezerros resultantes da TIFOI. A foto deixa clara a diferença entre eles e o que nasceu da mesma ovuladora. – Foto: Claudio Bezerra

A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF) apresenta ao mercado nesta terça-feira (29) a tecnologia denominada TIFOI (transferência intrafolicular de ovócitos imaturos). Trata-se de uma biotécnica que apresenta todas as vantagens da fecundação in vitro (FIV) com um benefício adicional: o fato de não precisar de laboratório para ser realizada. Os criadores podem obter os embriões com a mesma rapidez e agilidade da FIV, ou seja, em torno de um bezerro por semana a partir de uma única vaca doadora, sem precisar sair da sua fazenda.

O Brasil é o primeiro país a obter êxito realizando a TIFOI de maneira completa. Há apenas um relato de sucesso no uso da técnica na Alemanha. No entanto, o experimento europeu utilizou laboratório no decorrer do processo, o que torna o resultado incompleto. O desenvolvimento da TIFOI brasileira obteve nascimento de três bezerros na Fazenda Sucupira, campo experimental da Embrapa localizado em Brasília (DF). O sucesso gerou o registro da marca junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

 

O processo todo é feito dentro do próprio animal. Grosso modo, a vaca é o laboratório. Os óvulos são aspirados da mesma maneira que na FIV, mas em vez de maturados em laboratório, são cultivados dentro do corpo de um animal (ovuladora), aproveitando o seu processo reprodutivo natural. Depois da ovulação, os óvulos são fecundados por inseminação artificial (IA). Sete dias depois, os embriões que se desenvolveram são coletados e transferidos para a vaca receptora (barriga de aluguel), semelhante ao que ocorre na transferência clássica de embriões.

Todo o processo se dá de forma natural aproveitando os eventos fisiológicos da vaca ovuladora, o que imprime mais qualidade aos embriões, além de reduzir os custos finais, por dispensar a necessidade de laboratório.

O próximo passo é aumentar a eficiência e transferir a tecnologia ao setor produtivo, o que deverá ser feito a partir de cursos e publicações.

Fonte: Embrapa, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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