Mercados Futuros – 15/02/08
15 de fevereiro de 2008
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19 de fevereiro de 2008

Brasil não investiu o que podia

Centro da crise com a União Européia (UE), o Sisbov não recebeu investimentos necessários para sua evolução. Mesmo sob pressão dos europeus para aperfeiçoar o sistema, o Ministério da Agricultura gastou apenas 27,6% dos R$ 1,95 milhão disponíveis para os cinco principais programas de certificação da origem e movimentação de insumos e produtos agropecuários.

Centro da crise com a União Européia (UE), o Sisbov não recebeu investimentos necessários para sua evolução. Mesmo sob pressão dos europeus para aperfeiçoar o sistema, o Ministério da Agricultura gastou apenas 27,6% dos R$ 1,95 milhão disponíveis para os cinco principais programas de certificação da origem e movimentação de insumos e produtos agropecuários.

Segundo reportagem de Mauro Zanatta, do Valor Econômico, os sistemas de certificação, como Produção Integrada de Frutas, Sistema Agrícola de Produção Integrada (grãos), Boas Práticas e Bem-Estar Animal, registraram gastos efetivos de R$ 538,5 mil em 2007. A maior parte dos recursos bancou viagens e deslocamentos dos servidores federais pelo país, segundo dados do sistema de administração financeira (Siafi) compilados pela ONG Contas Abertas.

O secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Márcio Portocarrero, justificou que o desembolso dos recursos foi baixo porque esse orçamento é usado para bancar despesas de custeio dos programas. “Fazemos por demanda. E como, em 2007, houve uma demanda menor, os gastos foram mais baixos”, disse.

“Um dos grandes problemas do Ministério da Agricultura é a falta de recursos ou a falta de gestão de prioridades para esses recursos”, apontou a senadora Kátia Abreu (DEM-TO).

Nas ações de controle do trânsito de animais a performance foi bem melhor, mas ainda não atingiu a totalidade do orçamento. Com o trânsito interestadual de gado foram gastos 76% dos R$ 2,5 milhões disponíveis. No trânsito internacional, a vigilância nas fronteiras do Brasil, foram 85,4% dos R$ 3,5 milhões orçados.

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