A preocupação do Brasil para evitar a entrada no país de animais paraguaios contaminados com o vírus da febre aftosa pode não se resumir ao fechamento da fronteira. Com base num acordo binacional, o governo brasileiro poderá solicitar um exame epidemiológico completo de todo o rebanho bovino do Paraguai.
A informação é do delegado federal da Agricultura, José Antônio Roldão. Segundo ele, o acordo firmado entre os dois países, com o aval do Centro Pan-americano de Febre Aftosa, permite que técnicos brasileiros façam quantos e quais tipos de exames entenderem ser necessários em animais de fazendas paraguaias. “Vamos coletar material e trazer para análise em laboratórios brasileiros”, comentou Roldão.
Por enquanto, a atenção do governo brasileiro está na fazenda San Francisco, no Departamento de Corpus Christi, onde há suspeita de focos de febre aftosa em quatro animais. A região faz divisa com o município de Sete Quedas, Mato Grosso do Sul.
Fechamento da fronteira
O fechamento da fronteira do Brasil com o Paraguai, por conta da suspeita de focos de febre aftosa numa fazenda da região paraguaia de Corpus Christi, é uma medida preventiva indispensável. A afirmação é do delegado federal da Agricultura, José Antônio Roldão, ao comentar a opinião do presidente da Sociedade Rural do Paraguai (regional do Departamento de Amambay), Antonio Vasconcellos, que considera a decisão do governo brasileiro um estímulo ao contrabando de gado.
“Cabe ao Ministério da Agricultura e Pecuária a boa qualidade da sanidade do nosso rebanho. A questão do contrabando é tarefa de instituições competentes na área de segurança”, comentou.
Fonte: Campo Grande News (por Paulo Nonato de Souza), adaptado por Equipe BeefPoint