Uma pesquisa do Ibope Conecta, que coletou pela internet as respostas de 2.011 pessoas, de todas as regiões do país, das classes A, B e C e que não trabalham com biotecnologia e áreas correlatas mostrou que muitas pessoas têm medo de transgênicos. A pesquisa foi encomendada pelo Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB).
A maioria (cerca de 80%) gosta de ciência e soube responder o que são transgênicos, mas 33% acham que consumi-los pode fazer mal.
Para Adriana Brondani, diretora-executiva do CIB, “houve uma falha de comunicação do agronegócio, dos cientista e da sociedade”. “A propaganda contrária ganha aderência porque há um hiato de conhecimento da população, por causa da falta de informação”, diz.
A principal destinação de milho, soja e algodão (além de tecido, no caso do último), é a alimentação de porcos, galinhas e gado bovino, explica. “O susto também não faz sentido porque quem consome a maior parte dos transgênicos são os animais.”
Na pesquisa, muita gente reagiu mal ao ser informada que ingere DNA –73% se disseram preocupadas. Mesmo entre as que gostam de ciência, o número não foi muito mais baixo, 57%.
No entanto, molécula de DNA está presente em todo tipo de alimento que um dia foi vivo. Ao ser digerido, esse DNA é “reciclado” para formar o DNA de nossas próprias células.
E o DNA transgênico é tão DNA quanto o “original”. O risco carregado pelos transgênicos não está no “excesso” de DNA (apenas mais um gene entre milhares), e sim no metabolismo da planta.
Fonte: Folha de São Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.