O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) condenou os frigoríficos Mataboi, Bertin, Minerva e Franco Fabril no processo que investigava a prática de cartel. Com isso, serão obrigados a pagar multa de 5% do faturamento em 2004.
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) condenou os frigoríficos Mataboi, Bertin, Minerva e Franco Fabril no processo que investigava a prática de cartel. Com isso, serão obrigados a pagar multa de 5% do faturamento em 2004.
As empresas também devem publicar um extrato da condenação durante duas semanas como anúncio de meia página em grandes jornais. Diretores responsáveis pelas companhias também receberam multas.
Segundo reportagem de Iuri Dantas, da Folha de S.Paulo, um acordo foi firmado com o Friboi e o Cade aceitou suspender o processo mediante multa de R$ 13,7 milhões.
O órgão arquivou o processo, por falta de provas, contra os frigoríficos Frigol, Estrela d´Oeste, Marfrig, Boifran, Tatuibí e Bom Charque. A investigação também foi encerrada contra o Independência e a Associação das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).
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Gostaria de saber quem vai receber esta multa, acho que quem tem direito a ela são os produtores os unicos lesados na ocasião
Esta notícia realmente é surpreendentemente positiva !
Comprova o temor de parte do mercado, especialmente dos pecuaristas, quanto a formação de cartel pelos frigoríficos e, por outro lado mostra que o CADE funcionou de maneira exemplar na defesa da livre concorrência e das boas praticas de mercado.
Isto não irá devolver aos pecuaristas o prejuízo sofrido, provavelmente bem maior que o frigoríficos irão desembolsar com multas e etc, porém deve inibir que este tipo de ação se repita no futuro.
Espero que esta punição aos frigoríficos possa servir como referência para um novo tempo do funcionamento da cadeia produtiva da carne bovina. Onde transparência, profissionalismo e respeito ao consumidor, brasileiro e estrageiro, predominem.
Desta forma o Brasil não apenas continuará como um dos maiores “players” do mercado mundial de carne bovina, mas também como um dos melhores.
Gostaria de saber como será aplicado este dinheiro arrecadado pelas multas. A experiência nos faz crer que nada do mesmo voltará em benefício do pecuarista lesado pela existência do cartel.
Parabéns ao governo.
Mas e o dinheiro arrecadado e a arrecadar, vai para onde ou para quem?
Até que enfim os abusos praticados pelos frigoríficos foram punidos. Que isso sirva de lição para os demais não realizarem tanta sacanagem com os pecuaristas, que são o lado mais fraco da corda.
Agora vem a pergunta: E o dinheiro que foi “roubado”, ou “deixado de ser pago” ao pecuarista, quem irá repor????
Será que não seria mais cabível diminuir a vista grossa e puní-los logo, para o pecuarista não ficar com todo o prejuízo sozinho???
Parabéns pela punição merecida. Agora me pergunto por que não destacarmos em letras garrafais o acontecido enfocando com vigor os nomes das empresas envolvidas. Seria importante que houvesse um destaque maior, que se chamasse bastante atenção principalmente com relação aos nomes dessas empresas, que no decorrer do período de sua ação ilícita aparentemente se favoreceram bastante a ponto de ser comum ouvirmos falar da expansão das mesmas em diversos setores da cadeia comercial ligada à pecuária, lançanddo seus tentáculos sobre outras atividades do setor com divulgação de investimentos surpreendentes (quem sabe para expandir assim a prática).
Seria importante que a classe de pecuaristas, que, via de regra, já não são detentores das grandes fortunas de outrora como popularmente se imagina e sim em sua grande maioria pequenos e médios produtores com rendas baixas e encargos geralmente desproporcionais, desse a conhecer à sociedade em geral um pouco das suas mazelas, reféns que somos de manipulações espúrias de empresas, bancos, regras aleatórias e circunstâncias outras, várias, que vão aos poucos nos levando para o buraco e favorecendo o crescimento de empresas que gradativamente vão ocupando o setor e criando, quem sabe, a possibilidade de outros cartéis futuros e coisas do gênero.