As exportações de carne bovina renderam em 2003, cerca de 1,5 bilhão de dólares. Para este ano, espera-se uma receita de 2,1 bilhões de dólares, crescendo para 4,5 bilhões em 2012.
Os avanços nos dias de hoje, foram conquistados à custa de grandes investimentos na produção, em tecnologia e aumento de escala. O rebanho brasileiro nunca foi visto no mercado internacional como um primor de qualidade. Até meados da década de 90, a pecuária do País usava métodos do século 18. O gado levava mais de cinco anos para ser abatido e durante esse tempo, permanecia solto no pasto, ganhava músculos e oferecia uma carne considerada dura. Graças a novas técnicas de criação e alimentação do rebanho, aos cuidados sanitários e à seleção genética, a qualidade do produto brasileiro vem melhorando a cada dia. “Houve uma revolução no setor”, diz Miguel da Rocha Cavalcanti, da consultoria BeefPoint, especializada em agronegócio. “Mas ainda há um longo caminho a ser percorrido pelo produtor brasileiro”, revela.
Atualmente, os melhores criadores brasileiros buscam seguir o exemplo da Austrália, que graças à tecnologia e à padronização dos rebanhos transformou sua carne em um produto de primeira linha. Entrar no mercado norte-americano é o grande desafio.
As cinco maiores empresas exportadoras do setor no Brasil (Bertin, Friboi, Independência, Minerva e Marfrig), são responsáveis por 65% dos embarques de carne bovina brasileira. Para os frigoríficos, a estratégia é excelência na gestão e agressividade comercial.
Hoje, as porteiras para o mercado internacional vêm se abrindo para os produtores brasileiros, desde o surto da doença da vaca louca, que desviou os grandes exportadores mundiais da rota dos grandes centros importadores.
Fonte: Exame, adaptado por Juliano Fantazia da Equipe BeefPoint