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Campanha contra aftosa é prorrogada pela segunda vez em GO

O comitê da campanha antiaftosa em Goiás decidiu, ontem, estender até o dia 11 do próximo mês a 2a etapa anual de vacinação do rebanho bovino, que já tivera o seu início antecipado de 31 para 20 de outubro e o término prorrogado, na primeira vez, de 30 de novembro para depois de amanhã. O motivo de tanta transigência é a crônica falta do medicamento, que desde o início da campanha atingiu todo o Circuito Pecuário Centro-Oeste, incluindo Goiás, onde os pedidos dos revendedores têm sido atendidos a conta-gotas pelos laboratórios.

De acordo com o secretário da Agricultura, Leonardo Vilela, levantamento da Agência Goiana de Desenvolvimento Rural e Fundiário (Agenciarural) indica que até agora foram vacinados apenas 90% do rebanho do Estado, estimado em 20 milhões de cabeças. “Portanto, temos ainda 2 milhões de animais a serem imunizados e como há falta de vacinas em vários pontos do Estado, não seria justo penalizar o produtor, que nada tem a ver com a escassez do medicamento”, diz o secretário, que ontem mesmo recebeu sinal verde do Ministério da Agricultura, acatando a proposta de prorrogação da campanha.

Leonardo Vilela diz que, embora Goiás já tenha recebido 21 milhões de doses da vacina antiaftosa, a escassez do produto foi uma constante durante toda a etapa, devido às vendas para o Tocantins, Pará, Mato Grosso e até para a Bolívia, sem contar as perdas normais, correspondentes às sobras do medicamento que ocorrem nas propriedades. O secretário da Agricultura acredita que todo o Circuito Pecuário Centro-Oeste adotará a prorrogação da campanha, tendo em vista que as dificuldades com o suprimento de vacinas foram generalizadas em todo o País.

O chefe da Central de Selagem do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), Silvio Cardoso Pinto, informou que o Ministério da Agricultura liberou na sexta-feira mais 3,3 milhões de doses do medicamento, que se encontravam em teste, e ainda ontem o estoque começou a ser encaminhado aos estados do Centro-Oeste. “Amanhã estarei em Brasília vendo com autoridades do Ministério a possibilidade de liberar mais algum estoque, mas, de qualquer forma, acredito que até o final da semana a situação esteja razoavelmente controlada”, disse ontem o dirigente do Sindan.

Silvio Cardoso explica que as indústrias se programaram este ano para a produção da demanda estimada pelo Ministério da Agricultura, que foi de 284 milhões de doses da vacina antiaftosa, mais um estoque regulador de 30 milhões de doses.

“Para essa etapa de vacinação, a programação era de 118 milhões de doses, mas já liberamos 119,3 milhões e ainda não foi suficiente”, diz ele, acrescentando que o desequilíbrio entre a oferta e a demanda decorreu principalmente por causa das vacinações não-previstas no Rio Grande do Sul, para onde foram direcionadas 30 milhões de doses do medicamento.

Fonte: O Popular (por Edimilson de Souza Lima), adaptado por Equipe BeefPoint

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