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Canadá desenvolve sistema de zoneamento como prevenção à aftosa

A pedido da indústria de carne bovina do Canadá, o governo do país está desenvolvendo um sistema de zoneamento que poderá fechar uma região do país no advento de foco de febre aftosa.

A doença altamente contagiosa é inócua aos seres humanos, mas pode se espalhar em rebanhos de bovinos, ovinos, caprinos e suínos. Os animais precisam ser destruídos e sanções comerciais, como as que se seguiram ao surgimento de um caso de EEB (Encefalopatia Espongiforme Bovina), a doença da “vaca louca”, no Canadá, normalmente acompanham o caso.

Quanto à febre aftosa, no entanto, as sanções podem afetar não somente as exportações de carnes de animais da espécie na qual a doença foi detectada (como no caso da carne bovina), mas também, carne de outros tipos de animais considerados vulneráveis, como suínos e ovinos.

O plano de zoneamento foi proposto em um estudo feito pelo governo canadense em maio, logo após a descoberta de um caso de EEB em Alberta que levou ao fechamento de mercados à carne bovina canadense e custou à economia do país mais de Cdn$ 3 bilhões (US$ 2,33 bilhões) em 2003.

“Um país pode limitar os danos no advento de uma epidemia de febre aftosa se for capaz de convencer seus principais parceiros comerciais da efetividade do sistema de zoneamento instituído em seu território, uma vez que o embargo poderia ser aplicado somente em zonas infectadas”, diz o estudo, que não especifica os custos de um embargo, mas sugere que o Canadá está entre os países que teriam as maiores perdas com uma epidemia de febre aftosa, devido à sua dependência dos mercados de exportação.

A gerente de comunicações da Associação Canadense de Produtores de Bovinos, Cindy McCreath, disse que o medo de que a descoberta de um caso de febre aftosa em algum lugar do Canadá pudesse significar sanções comerciais, afetando todos os produtores, é a principal razão pela qual a indústria apóia o sistema de zoneamento. “Se houvesse um caso de febre aftosa, o país inteiro estaria conectado a uma rede, mas, determinando zonas, com barreiras adequadas, se poderia reduzir o potencial de isso acontecer fora da fronteira da zona afetada. Se tivéssemos um caso da doença em algum lugar, como Prince Edward Island, não precisaríamos evitar que outros lugares, como Alberta, continuassem exportando”.

No entanto, McCreath reconhece a dificuldade de desenvolver barreiras para evitar que a febre aftosa se dissemine.

O diretor assistente da seção de carnes vermelhas do Agriculture Canadá, John Ross, disse que o governo está buscando instalar um posto de controle e checagem perto da fronteira Ontario-Manitoba. “O que temos que fazer é algum tipo de posto de checagem, virtual ou de outra forma, que permitirá dizer que passou antes de descobrir um caso de aftosa”.

Fonte: The Kingston Whig-Standard (por Joe Paraskevas), adaptado por Equipe BeefPoint

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