O Departamento Canadense de Assuntos Externos e Comércio Internacional (Canadian Department of Foreign Affairs – DFAIT), aderindo ao mecanismo de políticas de preços referente a permissões de importações suplementares de carne bovina, não permitiu a entrada no país de produtos de baixo valor oriundos do Uruguai.
O DFAIT aprovou permissões suplementares para cortes uruguaios de carne bovina de alto valor, incluindo alcatra e costela. Entretanto, não foram dadas permissões suplementares para carne bovina processada de baixo valor do Uruguai, devido ao pesado desconto destes produtos. Existe uma condição no esquema de permissão suplementar canadense segundo a qual o DFAIT não pode aprovar permissões para carne bovina do Uruguai se o preço do produto é muito baixo comparado aos preços dos produtos da Austrália e da Nova Zelândia.
As permissões suplementares são determinadas pelo DFAIT após o sistema global de cotas canadense ter sido preenchido. O Canadá tem uma cota global para carne bovina de 76,609 mil toneladas, sendo que desta, 35 mil toneladas são alocadas para a Austrália e 26,6 mil para a Nova Zelândia, com as 11,809 mil toneladas restantes não sendo alocadas para países específicos. A expectativa é que as permissões suplementares cheguem neste ano a 114 mil toneladas. Em 2002, foram importadas 135 mil toneladas no total.
Até 21 de março de 2003, já tinham sido aprovadas permissões de importações de 36,055 mil toneladas de carne bovina, sendo 10,569 mil toneladas do Uruguai, 13,886 mil toneladas da Austrália e 11,599 mil toneladas da Nova Zelândia. Com a retomada das importações de carne bovina do Uruguai – com preços bastante competitivos -, as importações canadenses em 2003 de produtos australianos e neozelandeses caíram 13% e 28%, respectivamente, comparadas com o ano passado.
Fonte: Meat & Livestock Australia, adaptado por Equipe BeefPoint