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Canadá usa teste de DNA para rastrear árvore genealógica de vaca com EEB

Os investigadores do Canadá estão realizando testes de DNA de paternidade para delimitar onde a única vaca que apresentou resultado positivo para a doença da vaca louca nasceu, para tentar desta forma determinar como o animal contraiu a doença, informaram oficiais na terça-feira.

“Se os resultados dos testes de DNA nos derem uma origem definitiva, será um grande salto em termos de fecharmos alguns dos elementos da investigação”, disse o Veterinário Oficial do Canadá, Brian Evans.

A proibição de importações de bovinos e de carne bovina do Canadá, feita pelos Estados Unidos e por outros mercados chave, já geraram uma perda de Cdn$ 30 bilhões (US$ 21,65 bilhões) para a indústria de carne bovina do país desde 20 de maio – dia em que os oficiais canadenses confirmaram o registro de um caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), ou doença da vaca louca, em uma vaca de Alberta.

O Canadá exporta mais de 60% de seus bovinos e carne bovina, e milhares de animais estão engordando à medida que os abatedouros reduziram a produção devido ao fechamento das fronteiras.

A ministra da Agricultura de Alberta, Shirley McClellan, reuniu-se com os líderes da indústria na terça-feira para começar a calcular o preço financeiro aos produtores de ração, operadores de estabelecimentos de engorda, empacotadores, transportadores e até fabricantes de ração.

Evans disse que os resultados dos testes poderão ajudar outros países a decidir quando vão retirar as barreiras às importações. Cinco cientistas dos EUA estão ajudando na investigação, e o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) disse que poderá mandar outra equipe.

Até agora, 192 bovinos do rebanho onde a vaca contaminada viveu seus meses finais apresentaram resultado negativo para os testes, enquanto os resultados de outros 178 animais estão sendo aguardados para o final desta semana. Mais testes deverão ser feitos.

Os investigadores representaram dois cenários, mostrando que a vaca nasceu no Canadá e passou um tempo em pelo menos cinco das 11 fazendas que estão em quarentena nas províncias de Alberta e Saskatchewan. No total, oficiais colocaram 17 propriedades rurais em quarentena e cerca de 1900 animais, enquanto rastreiam a árvore genealógica da vaca e a ração feita de seus resíduos.

A proteína de sua carcaça foi vendida para oito fábricas de ração, que fizeram ração para 200 fazendas e duas plantas de pet food. Desde 1997, esta proteína foi proibida na alimentação dos bovinos porque se acreditava que o material infectado poderia causar EEB em bovinos que ingerissem este material.

Políticos canadenses e membros da indústria querem rever as regulamentações para se certificar que elas previnem novos casos da doença. Entre as idéias que o governo do Canadá poderá considerar para reconquistar a confiança dos consumidores é proibir o uso de restos de bovinos na alimentação de qualquer animal para evitar que acidentalmente este material alimente bovinos, disse Ivy.

Isto é o que foi feito na Inglaterra, onde a EEB forçou o abate de 3,7 milhões de bovinos e barreiras em todo o mundo à carne bovina britânica durante a década de noventa. Acredita-se que a doença se espalhou pela ração contaminada por restos de animais infectados.

Fonte: Reuters, adaptado por Equipe BeefPoint

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