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Canadenses esperam queda das restrições norte-americanas

Ao sair de uma reunião com o vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, na Casa Branca, o primeiro-ministro de Alberta (Canadá), Ralph Klein, anunciou que a pecuária de seu país vai “falir” se a proibição dos Estados Unidos de importação de gado e carne bovina canadenses não for suspensa até agosto.

Klein disse que a província de Alberta, onde estão estabelecidos 71% do setor, será a mais duramente atingida por seu possível colapso. Klein disse que sua reunião com Cheney foi produtiva, observando que o vice-presidente americano, que também é um pecuarista, entende os graves problemas enfrentados pelo Canadá bem como a situação relativa à Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como a doença da “vaca louca”, e o possível exagero da reação a esse único caso.

“Eu lhe disse que houve uma reação completa e exagerada a esse único caso de EEB. A situação não é de maneira nenhuma semelhante à ocorrida na União Européia”, disse Klein. “Estamos conversando sobre algo que não entrou na cadeia alimentar da América do Norte. A probabilidade de alguém contrair a doença a partir daquela determinada vaca de Alberta é cerca de um em 10 bilhões de refeições”, disse ele.

Segundo Klein, não lhe foi dada qualquer garantia por parte de Cheney com relação a quando as restrições de fronteira com os Estados Unidos sobre o gado e a carne bovina canadenses seriam levantadas. No entanto, ele disse que Cheney lhe garantiu que falará com a secretária do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, Ann Veneman, para se certificar de que a questão está suficientemente esclarecida. “Esperamos que depois dessas discussões a fronteira seja aberta no curto prazo”, acrescentou.

Klein também questionou a estratégia do Japão de solicitar que o governo dos Estados Unidos forneça certificação de que sua carne bovina é tão-somente de origem norte-americana. “As exigências feitas pelo Japão junto ao governo dos Estados Unidos são basicamente absurdas”, disse Klein.

Prazo maior

Ontem o Japão anunciou ter adiado por 60 dias o prazo anteriormente fixado para 1o de julho, exigindo que os Estados Unidos excluíssem das exportações americanas toda a carne bovina procedente do Canadá. O novo prazo foi transferido para 1o de setembro.

O consultor jurídico do USDA, David Hegwood, confirmou o que o vice-diretor da Divisão de Veterinária do Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Kazuhiro Yoshida, informou à imprensa.

Fonte: Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe BeefPoint

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