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Carne bovina magra e saúde do coração – Parte 2/2

Não existem evidências convincentes de que o consumo de carne bovina magra está associado com o aumento do risco de doenças cardiovasculares. Em geral, estudos epidemiológicos que examinaram a ingestão de carnes e os fatores de risco de doenças cardiovasculares (como lipídios no soro) não isolaram a ingestão de carnes vermelhas ou de carne bovina e não encontraram nenhuma associação antes ou depois de corrigirem as potenciais variáveis que poderiam confundir.

Carne bovina magra não está associada com incidência de doenças cardiovasculares

Não existem evidências convincentes de que o consumo de carne bovina magra está associado com o aumento do risco de doenças cardiovasculares. Em geral, estudos epidemiológicos que examinaram a ingestão de carnes e os fatores de risco de doenças cardiovasculares (como lipídios no soro) não isolaram a ingestão de carnes vermelhas ou de carne bovina e não encontraram nenhuma associação antes ou depois de corrigirem as potenciais variáveis que poderiam confundir.

Adicionalmente, estudos epidemiológicos frequentemente usam dados dietéticos insuficientes (como uma única entrevista sobre lembranças do que consumiram em apenas 24 horas). Da mesma forma, estudos observacionais que usaram morbidade ou mortalidade de doenças cardiovasculares sofreram de limitações metodológicas similares. Por exemplo, um estudo epidemiológico com 10.146 adultos sem histórico anterior de angina mostrou que o consumo de carnes vermelhas (bovina, de cordeiro e suína) quatro a sete vezes por semana não foi associado com a incidência de doença cardíaca isquêmica após o controle de vários fatores que poderiam confundir (33). Outro estudo epidemiológico encontrou uma associação positiva entre a ingestão de carnes vermelhas e maior risco de doenças cardiovasculares, mas essa associação foi eliminada após a correção de variáveis que podem confundir (34). É importante notar que nenhum dos estudos epidemiológicos considerou a relação entre a ingestão de carne bovina magra e o risco de doenças cardiovasculares.

Comparação entre efeitos da carne bovina e da carne de aves/peixes nos níveis de lipídios sanguíneos

Existem evidências convincentes de que a carne bovina magra tem efeitos similares nos lipídios do soro sanguíneo dos causados pela carne de frango ou peixe quando consumida como parte de uma dieta visando a redução de lipídios (7,8,35-39). Em dois estudos curtos (4 a 5 semanas), aleatórios, controlados, Scott e colaboradores (35,36) compararam diretamente as respostas de lipídios no sangue para a carne bovina magra, frango/peixe ou frango em homens com excesso de colesterol no sangue ou no limite para chegar a esse estado.

Nesses estudos, as carnes magras foram incorporadas em dietas saudáveis para o coração contendo menos de 30% de calorias vindas de gordura, menos de 10% vindas de ácidos graxos saturados e <300 mg de colesterol, e todos os alimentos durante os períodos de testes foram fornecidos para homens vivendo livremente (não em instituições). Reduções similares no colesterol total, colesterol LDL, colesterol HDL e níveis de triglicérides foram encontradas em homens que consumiam carne bovina magra versus carne de frango, ou carne de frango e peixe (35,6). Os pesquisadores concluíram que a carne bovina magra e a carne de frango têm efeitos similares em dietas saudáveis para o coração. Pesquisadores em Quebec não reportaram diferenças significantes no colesterol total, LDL, HDL ou níveis de triglicérides entre 18 homens com excesso de colesterol no sangue que consumiam uma dieta visando a redução de lipídios (<30% das calorias vindas da gordura) contendo ou carne bovina magra, ou carne de frango (sem pele) ou peixes (37). Os homens consumiram cada uma das três dietas por 26 dias e todas as refeições eram preparadas pelos pesquisadores. Em outro estudo, 61 mulheres obesas consumiram carne bovina magra ou carne de frango como fonte primária de proteínas em uma dieta com calorias reduzidas (déficit de 500 calorias/dia), em conjunto com um programa de educação física (caminhada) por 12 semanas (38). Os níveis de colesterol total, LDL e HDL caíram significantemente em ambos os grupos, mas não houve diferença entre os tratamentos com carne bovina e com carne de frango (38). Os níveis de triglicérides não mudaram e foram similares nos dois grupos. Os ácidos graxos saturados de ambas as dietas foram baixos, mas a dieta com carne bovina forneceu um pouco mais desses ácidos graxos (~7,5%) do que a dieta com carne de frango (~5,3%). Em adolescentes que consumiram uma dieta com baixo nível de gordura (~28% de gordura total, ~10% de gordura saturada) com cinco ou mais porções por semana de carne bovina magra ou frango/peixe por três meses, o colesterol total, LDL e HDL não mudaram significantemente e não houve diferenças nos níveis desses lipídios entre os dois grupos (39). Uma vantagem de consumir carne bovina magra é a manutenção do status de ferro no soro, que declinou com a dieta de frango/peixe. Além dos estudos acima que examinaram os efeitos da carne bovina, outras pesquisas mostraram que a ingestão de várias fontes de proteína de carnes (como carne bovina, de vitelo e suína) é equivalente a dietas similares contendo frango/peixes com relação a seus efeitos nos níveis de lipídios sanguíneos. Os resultados de um estudo controlado cruzado, aleatório, de 76 semanas, com homens e mulheres com alto nível de colesterol no sangue vivendo livremente (não em instituições) não demonstraram diferenças nas respostas de lipídios do sangue entre os que consumiram carnes vermelhas magras (bovina, vitelo e suína) ou carne branca (frango e peixes) (7,8). Os participantes do estudo consumiram 170 gramas de carnes vermelhas magras ou carnes brancas durante cinco a sete dias por semana (30% ou menos das calorias vindas de gordura, 8% a 10% das calorias como gorduras saturadas, <300 mg de colesterol). Esse estudo foi conduzido em duas fases de 36 semanas. A primeira fase envolveu 191 pessoas e a segunda, 140 pessoas. Os níveis de lipídios no soro no jejum foram determinados em intervalos regulares durante as duas fases. De acordo com o estudo, o colesterol sanguíneo total foi reduzido em 1%, o LDL em 2% e o HDL aumentou de 2% a 3%, nas duas fases de tratamento com carnes vermelhas magras e foi equivalente independentemente se as pessoas com excesso de colesterol no sangue incorporaram carnes vermelhas ou brancas magras na dieta (7,8, tabela). Considerando que a carne bovina é uma das mais populares entre os consumidores dos EUA, os pesquisadores sugerem que a inclusão de carne bovina em uma dieta redutora de gordura e colesterol pode fornecer uma variedade adicional à dieta para ajudar a melhorar a participação em longo prazo (8). Tabela 1. Mudança percentual nas concentrações de lipídios do soro com relação ao início do estudo para tratamentos com carnes vermelhas magras e com carnes brancas magras* (8)

Variação individual e respostas a dietas de redução de lipídios

É importante considerar que os indivíduos diferem em sua resposta de lipídios no sangue às dietas redutoras de lipídios, sugerindo que não existe uma recomendação única sobre o tamanho da porção que seja adequado para todos para a prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares (40).

Por exemplo, um estudo controlado duplo cego com homens descobriu que pessoas com maior adiposidade e resistência à insulina foram menos responsivas aos benefícios de dietas redutoras de lipídios (isto é, reduções menores nos níveis de colesterol LDL no sangue) (41). Múltiplas interações de genes explicam as amplas variações nas respostas de lipídios do sangue a mudanças dietéticas e, consequentemente, aos riscos de doenças cardiovasculares (42). Interações dieta-gene afetam padrões de subclasses de colesterol LDL (A ou B) podem explicar as diferenças entre indivíduos em suas respostas de lipídios sanguíneos para dietas com pouca gordura (40,43). Indivíduos com colesterol LDL subclasse padrão B (caracterizada pela predominância de partículas pequenas e densas de LDL) têm alto risco para doenças cardiovasculares, enquanto aquelas com padrão A (caracterizado por partículas grandes e leves de LDL) têm relativamente baixo risco de doenças cardiovasculares. Quando homens adultos se alimentaram com dietas com baixo nível de gordura (24% de gordura) por seis semanas, aqueles com subclasse padrão B exibiram o dobro do declínio no nível de LDL do que as pessoas de padrão A (43). Embora a dieta com baixa gordura seja especialmente benéfica para pessoas com padrão B, ela leva a mais respostas em lipoproteínas aterogênicas (que causa a degeneração da parte interna das artérias) em algumas pessoas com padrão A, substituindo-as para o fenótipo do padrão B (43).

Descobertas similares foram observadas em outras pesquisas com homens, mulheres e crianças (40). Krauss (40) estimou que aproximadamente dois terços da população de homens têm uma tendência genética a responder negativamente à dieta com baixo nível de gordura. As descobertas de que dietas com reduzida gordura podem não ser benéficas ou igualmente benéficas para todos suportam recomendações individualizadas e estilos de vida individualizados para prevenir e tratar as doenças cardiovasculares.

Sumário

Múltiplos fatores genéticos e ambientais, incluindo fatores dietéticos, influenciam nos riscos de doenças cardiovasculares. Recomendações dietéticas para obter níveis desejáveis de lipídios no sangue e reduzir os riscos de doenças cardiovasculares pedem por reduções na gordura total, gorduras saturadas, gorduras trans e colesterol. É importante considerar que os indivíduos variam em suas repostas de lipídios sanguíneos para mudanças dietéticas e que não existe uma recomendação geral sobre a porção a ser consumida que seja adequada para todos para a prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares.

Infelizmente, os guias dietéticos para reduzir os riscos de doenças cardiovasculares frequentemente são muito simplificados e o conselho para que se escolha carne magra frequentemente é mal interpretado, entendendo-se que se deve evitar todas as carnes vermelhas, inclusive as magras. Entretanto, não existem evidências científicas convincentes indicando que a carne bovina magra contribui para aumentar os riscos de doenças cardiovasculares.

De fato, as evidências de estudos dietéticos de intervenção mostram que a carne bovina magra pode ser uma ferramenta útil na administração de doenças cardiovasculares quando consumida como parte de uma dieta saudável para o coração (5,6). A carne bovina magra consumida como parte de uma dieta pobre em gordura saturada tem demonstrado ter um efeito neutro ou benéfico nos lipídios sanguíneos. Como revisado por Li et al. (5), a intervenção dietética e estudos observacionais mostraram que as carnes vermelhas que tiveram sua gordura visível removida não aumentam os níveis de colesterol total e LDL do sangue. Além disso, dietas com baixa gordura saturada contendo carnes vermelhas magras estão associadas com uma redução nos níveis de colesterol LDL em pessoas com excesso de colesterol sanguíneo e em pessoas saudáveis.

Em um artigo sobre o papel da carne bovina na dieta dos americanos, o Conselho Americano para Ciência e Saúde conclui que “a carne bovina magra, em porções moderadas, se encaixa bem em uma dieta saudável para o coração” (44). Como a carne bovina é uma fonte naturalmente rica em muitos nutrientes, como proteína de alta qualidade, ferro, zinco e muitas vitaminas B, sua inclusão na dieta pode ajudar os indivíduos a suprir suas necessidades de nutrientes, bem como fornecer uma variedade adicional e flexibilidade à sua dieta, que pode melhorar seu cumprimento em longo prazo (7,8,12).

Hoje, existem atualmente pelo menos 29 cortes de carne bovina que se encaixam nos padrões do Governo dos EUA para serem consideradas magras (12,13). Para reduzir a ingestão de gordura de todas as refeições, os consumidores podem remover a gordura visível dos cortes, escolher métodos de cocção com pouca gordura e comer porções de tamanhos apropriados (9). Não existem alimentos “bons” ou “ruins” com relação aos níveis de colesterol do sangue ou risco de doenças cardiovasculares (2). Em suas recentes recomendações de dietas e estilos de vida, a Associação Americana do Coração (AHA) enfatiza a importância de consumir uma dieta saudável em geral para suprir as necessidades de nutrientes e balanço de energia, ao invés de focar em um único nutriente ou alimento (2).

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