Os exportadores brasileiros de carne bovina comemoraram a nova classificação feita pelo comitê científico da União Européia, que coloca o Brasil no nível 1 para a encefalopatia espongiforme bovina – a doença da vaca louca. Isto significa risco mínimo, desprezível de contágio da doença. Antes, o rebanho brasileiro estava classificado como nível 2, isto é, risco médio de contágio.
Apesar da boa notícia, os exportadores acreditam que a melhor classificação deve aumentar os volumes exportados pelo país apenas a longo prazo, não de imediato. A Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne (Abiec) mantém a estimativa de exportar US$ 1 bilhão este ano, com um volume de cerca de 600 mil toneladas. A nova classificação coloca o Brasil em condições de igualdade de competição com países como Argentina, Uruguai e Austrália, que também estão enquadrados como risco 1 para a doença.
Para tornar conhecida a carne brasileira no exterior, os frigoríficos, o governo e a Apex (Agência de Promoção das Exportações) já estão trabalhando numa campanha de marketing. A estratégia está sendo montada pelas agências Ogilvy e Publicis. Um dos instrumentos deve ser a Internet.
O ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, afirma que o país prosseguirá com o programa de erradicação da febre aftosa até 2005 e com os programas contra a brucelose e tuberculose bovina.
(Por Francisco Góes, Diogo de Hollanda e Alda do Amaral Rocha, para Valor Online, 02/04/01)