A fibra dietética (42,43), até mesmo o café (44), podem afetar os lipídios do plasma, mas o fator dietético mais importante, além do tipo de gordura da dieta, é o excesso de energia, levando ao sobrepeso. Pessoas com sobrepeso tendem a ter maiores níveis plasmáticos de triglicérides e maior nível de colesterol LDL e menor nível de colesterol HDL (45). A redução do peso através da dieta e/ou exercício normalmente reduz seus níveis de colesterol e triglicérides.
Outros componentes da dieta
A fibra dietética (42,43), até mesmo o café (44), podem afetar os lipídios do plasma, mas o fator dietético mais importante, além do tipo de gordura da dieta, é o excesso de energia, levando ao sobrepeso. Pessoas com sobrepeso tendem a ter maiores níveis plasmáticos de triglicérides e maior nível de colesterol LDL e menor nível de colesterol HDL (45). A redução do peso através da dieta e/ou exercício normalmente reduz seus níveis de colesterol e triglicérides.
Em 1981, Sullivan (46) sugeriu que a menor incidência de doenças cardíacas coronarianas em mulheres na pré-menopausa, comparado com homens e mulheres na pós-menopausa, pode ser devido aos maiores estoques de ferro nos dois últimos grupos. Uma série de estudos vem desde então investigando esta possibilidade. Como a carne vermelha é uma importante fonte de ferro biodisponível, esta questão é de potencial preocupação para a segurança de altas ingestões.
O relatório de referência dietética do Instituto de Medicina dos Estados Unidos sobre 14 nutrientes (47), incluindo o ferro, revisou a literatura sobre o alto status de ferro e as doenças cardíacas coronarianas para determinar o nível máximo tolerável de ingestão. Eles descobriram que:
• Relação entre ferritina sérica e doenças cardíacas coronarianas: três estudos positivos e cinco negativos;
• Relação entre saturação da transferrina e doenças cardíacas coronarianas: todos os cinco estudos negativos;
• Relação entre o ferro sérico e doenças cardíacas coronarianas: todos os quatro estudos negativos;
• Relação entre a capacidade total de ligação do ferro e doenças cardíacas coronarianas: todos os quatro estudos negativos.
Sempos explicou porque o US Food and Nutrition Board concluiu que não existem evidências suficientes para apoiar a hipótese (48). Pelo menos um dos estudos positivos foi seriamente falho. Além disso, não existem evidências consistentes convincentes de que a hemocromatose – doença aonde ocorre o depósito de ferro nos tecidos pelo seu excesso no organismo -, especialmente a forma heterozigota, está associada com maior risco de doenças cardíacas coronarianas. Isso vai contra o fato de que a deficiência de ferro continua sendo a deficiência nutricional mais comum nos EUA (48). Outros estudos (49,50) não mostraram evidências de que os altos estoques de ferro estão associados com doenças cardíacas coronarianas.
Um trabalho recente feito por epidemiologistas de Harvard sugere que o heme-ferro é um fator de risco para doenças cardíacas coronarianas em mulheres com diabetes tipo 2 (51). As três tabelas do trabalho não parecem mostrar como o heme-ferro ou as carnes vermelhas foram registradas para os diferentes grupos. Os próprios autores da pesquisa admitem que uma confusão residual gerada pela gordura saturada era inevitável mesmo depois de ajustes cuidadosos.
Teor de gordura da carne vermelha
O Guia Dietético Australiano (ADG) (10) apresenta os teores de ácidos graxos saturados e ácidos graxos monoinsaturados das carnes vermelhas magras como muito baixos, especialmente da carne bovina magra (gordura total 1,8 g/100g), com quantidades menores de ácidos graxos poliinsaturados.
Dados recentes de ácidos graxos individuais em carnes vermelhas (52) expressos como porcentagens dos ácidos graxos totais sugerem, por exemplo, que a alcatra bovina magra contém menos ácidos graxos saturados que aumentam o colesterol e mais ácidos graxos poliinsaturados. Como uma porcentagem dos ácidos graxos totais, os valores são: ácidos graxos saturados – 24,4%; ácidos graxos monoinsaturados – 39,5%; ácidos graxos poliinsaturados – 14,7%; ácidos graxos trans – 3,3%.
O efeito das carnes vermelhas no colesterol do plasma na prática corresponde ao que seria previsto a partir destas análises recentes australianas de ácidos graxos individuais em cortes de carnes vermelhas. Vários estudos humanos controlados descobriram que as carnes vermelhas magras têm efeitos aproximadamente neutros entre os alimentos no colesterol plasmático, sugerindo que essas podem ser incluídas em uma dieta de redução do colesterol.
Estudos dietéticos de carnes vermelhas e níveis de colesterol
Uma série de estudos tem mostrado os benefícios de se incluir carne vermelha magra em dietas adequadas para reduzir o colesterol. Um grupo do Hospital St Thomas´s de Londres foi capaz de reduzir o colesterol total e o LDL consideravelmente em 15 homens com hiperlipidemia (concentrações elevadas de gorduras no sangue) com uma dieta contendo 180 g/dia de carnes vermelhas magras (8,5% de gordura). Eles concluíram que cuidando para reduzir a gordura dietética total, uma quantidade moderada de carnes e produtos de carne pode ser incluída em uma dieta visando redução do colesterol (53). Na Austrália, Kestin el al. compararam duas dietas com gordura modificada em 26 homens saudáveis. Uma dieta era vegetariana; a outra continha 250 gramas por dia de carnes magras. O colesterol total caiu 5% na dieta com carne (10% na sem carne). Eles concluíram que uma dieta contendo carnes magras foi quase tão efetiva quanto a dieta vegetariana na redução dos níveis de colesterol (54).
Outro estudo australiano envolveu 10 pessoas saudáveis (homens e mulheres) recebendo uma dieta com baixo nível de gordura contendo carne bovina magra (500 gramas por dia). O colesterol total caiu 20% e aumentou quando foi adicionada gordura de carne bovina. Os autores concluíram que o aumento se deveu à gordura da carne, e não à carne magra. A sugestão foi que carne bovina magra pode ser incluída em dietas para redução do colesterol desde que se tome o cuidado de consumir carne sem toda a gordura visível (55).
Um outro estudo no Texas, nos EUA, 38 homens com altos níveis de colesterol receberam uma dieta com baixo teor de gordura saturada que incluiu 170 gramas de ou carne bovina magra (8% de gordura) ou frango (7% de gordura) por cinco semanas. O nível de colesterol LDL caiu 9% e 11%, respectivamente, mas a diferença não foi estatisticamente significante. Os autores concluíram que a carne bovina magra e o frango podem ser trocados entre si em dietas visando controle do colesterol (56). Em um estudo de longo prazo conduzido em Chicago, 191 homens com nível elevado de colesterol de forma moderada receberam 170 gramas por dia de carne vermelha magra ou carne branca magra.
Ao final de 36 semanas, o colesterol LDL caiu 1,7% e o HDL aumentou 2,3% com a carne vermelha; as mudanças no grupo da carne branca não foram significantemente diferentes (o estudo usou carne bovina, de vitelo e suína no grupo de carnes vermelhas magras e carne de frango e peixe no grupo de carnes brancas magras) (57).
Dois outros pontos são importantes sobre as carnes e o colesterol do plasma. Primeiro, existe tanto colesterol na carne vermelha magra quanto na gordura da carne; o frango contém mais colesterol que a carne bovina; rim e fígado contêm quatro ou cinco vezes mais colesterol do que o músculo (Tabela 1). Esses órgãos são ricos em vários nutrientes benéficos (37). Segundo, a gordura das carnes vermelhas tem um padrão mais desfavorável de ácidos graxos do que o músculo magro. Este contém mais ácidos graxos saturados e menos ácidos graxos poliinsaturados.
Tabela 1. Teor de colesterol de carnes selecionadas
O Guia Dietético Australiano aconselha escolher alimentos com baixo nível de sal (10). As carnes vermelhas são alimentos com baixo nível de sódio. Os australianos analisaram uma média de 54 mg de sódio por 100 gramas na carne bovina magra (59) e os britânicos obtiveram dados similares com cortes bovinos magros (crus) (37).
Por outro lado, as carnes vermelhas magras são ricas em potássio. Dados australianos mostram em média 360 mg para a carne bovina e 343 mg/100 gramas para a carne de cordeiro. Sendo assim, a razão molar entre sódio e potássio (Na : K) é 0,26. Hodgson et al. (60) mediram as pressões sangüíneas de dois grupos de 30 pessoas com um grau moderado de hipertensão. Um grupo consumiu 250 gramas por dia de carnes vermelhas por oito semanas no lugar de alimentos ricos em carboidratos que o grupo controle estava consumindo. As pressões sangüíneas sistólicas foram significantemente menores (média de 4 mmHg) no grupo das carnes. Os autores sugeriram que a presença de taurina e arginina na carne pode ter sido somada ao efeito da presença de menos sódio na redução da pressão sangüínea.
Estudos dietéticos de carnes vermelhas e controle do peso corpóreo
O Guia Dietético Australiano aconselha contra o ganho de peso e alguns trabalhos discutem o papel da dieta na prevenção e controle do sobrepeso e obesidade (10). O relatório do guia australiano mantém o foco nos perigos do alto índice de massa corpórea, mas não fornece uma revisão sobre quais dietas podem ser recomendadas. Outras pesquisas foram feitas para debater e encontrar dietas redutoras do peso que sejam efetivas, aceitáveis e seguras.
A popular “Dieta de Bem-Estar Total CSIRO” da Organização de Pesquisa da Comunidade Científica e Industrial (CSIRO), da Austrália, pode dever grande parte de seu sucesso ao alto teor de proteína (33% do total de ingestão de energia). Noakes e Clifton basearam essa dieta em sua experiência com dietas com restrição de energia e alto teor de proteína nos últimos sete trabalhos publicados na literatura internacional durante o período de 2000 a 2004 (61).
Em um trabalho (62), eles reportaram que em mais de 12 semanas, uma dieta com 27% de proteína resultou em melhores mudanças no colesterol total e LDL, triglicérides e glicose sangüínea comparado com uma dieta com 16% de proteína, sem efeitos adversos no metabolismo do cálcio ou nos ossos. O peso corpóreo não foi significantemente diferente nos homens que participaram da pesquisa entre as duas dietas, possivelmente devido ao curto período de duração do estudo.
Antes disso, Skov et al. (63) mostraram uma maior redução no peso com uma ingestão de proteína de 25% da energia comparado com 12% durante um estudo de seis meses de dieta ad libitum. Outros trabalhos tiveram resultados similares com estudos de seis meses (64).
O aumento da proteína na dieta tem demonstrado em experimentos com humanos aumentar a saciedade e induzir a termogênese (formação de calor através de processos fisiológicos) (65,66). Os mecanismos para essas mudanças ainda não foram elucidados (66).
Conclusões
Os cortes de carnes vermelhas magras, com baixo teor de gordura, predominantemente monoinsaturadas, mostraram ser aceitáveis em dietas redutoras do colesterol. As carnes são boas fontes de ferro biodisponível, o que não parece ser um fator de risco para doenças cardíacas. A carne é pobre em sódio e rica em potássio e o consumo de carne não parece aumentar a pressão sangüínea. O sobrepeso aumenta os riscos de alto nível de colesterol plasmático, alta pressão sangüínea e diabetes. A carne é rica em proteínas e contribui para a redução do peso ao aumentar a saciedade e ajudar a reduzir a ingestão de energia em dietas para perda de peso.
Referências bibliográficas:
1 Bronte-Stewart B, Antonis A, Eales L, Brock JF. Effects of feeding different fats on serum-cholesterol level. Lancet 1936; i: 521-6.
2 Keys A, Anderson JT, Grande F. Prediction of serum-cholesterol responses of man to changes in fats in the diet. Lancet 1957; ii: 960-66.
3 Mensink RP, Katan MB. Effect of dietary fatty acids on serum lipids and lipoproteins. Arterioscler Thromb 1992; 12: 911-19.
4 Clarke R, Frost C, Collins R, Appleby P, Peto R. Dietary lipids and blood cholesterol: quantitative meta-analysis of metabolic ward studies. BMJ 1997; 314: 112-17.
5 Truswell AS. Monounsaturated oils do not all have the same effect on plasma cholesterol. Eur J Clin Nutr 1998; 52: 312-15.
6 Zock PL, deVries JHM, Katan MB. Impact of myristic acid versus palmitic acid on serum lipid and lipoprotein levels in healthy women and men. Arterioscler Thromb 1994; 14: 567-75.
7 Beynen AC, Katan MB. Impact of dietary cholesterol and fatty acids on serum lipids and lipoproteins in man. In: Vergroesen AJ, Crawford M, eds. The Role of Fats in Human Nutrition, 2nd edn. London : Academic Press, 1989; 237-84.
8 Bonanome A, Grundy SM. Effect of dietary stearic acid on plasma cholesterol and lipoprotein levels. N Engl J Med 1988; 318: 1244-8.
9 Keys A, Anderson JT, Grande F. Serum cholesterol response to changes in the diet. IV. Particular saturated fatty acids in the diet. Metabolism 1965; 14: 776-87.
10 National Health and Medical Research Council. Food for Health. Dietary Guidelines for Australian Adults. Canberra : NHMRC Publications, 2003.
11 Australian Department of Health and Ageing, NZ Ministry of Health, NHMRC. Nutrient Reference Values for Australia and New Zealand. Canberra: NHMRC Publications, 2005.
12 Rassias G, Kestin M, Nestel PJ. Linoleic acid lowers LDL-cholesterol without a proportional displacement of saturated fat. Eur J Clin Nutr 1991; 45: 315-20.
13 Kinsgbury KJ, Morgan DM, Aylott C, Emmerson R. Effects of ethyl arachidonate, cod liver oil and corn oil on the plasma-cholesterol level. Lancet 1961; i: 739-41.
14 Nestel PJ, Noakes M, Belling GB et al. Plasma lipoprotein lipid and Lp (a) changes with substitution of elaidic acid for oleic acid in the diet. J Lipid Res 1992; 33: 1029-33.
15 Mensink RP, Katan MB. Effect of dietary trans fatty acid level on high density and low density lipoprotein cholesterol levels in healthy subjects. N Engl J Med 1990; 232: 439-45.
16 Report of the British Nutrition Foundation Task Force. Trans Fatty Acids. London: British Nutrition Foundation, 1987.
17 Noakes M, Nestel PJ. Trans fatty acids in the Australian diet. Food Aust 1994; 46: 124-9.
18 Mensink RP, Zock PL, Kester ADM, Katan MB. Effects of dietary fatty acids and carbohydrates on the ratio of serum total to HDL-cholesterol and on serum lipids and apolipoproteins: a meta-analysis of 60 controlled trials. Am J Clin Nutr 2003; 77: 1146-55.
19 Dyerberg J, Bang HO, Hjørne N. Fatty acid composition of the plasma lipids in Greenland Eskimos. Am J Clin Nutr 1975; 28: 958-66.
20 Dyerberg J, Bang HO, Stoffersen E, Moncada S, Vane JR. Eicosapentaenoic acid and prevention of thrombosis and atherosclerosis? Lancet 1978; 2: 117-19.
21 Harris WS, Connor WE, McMurray M. The comparative reductions of the plasma lipids and lipoproteins by dietary polyunsaturated fats: salmon oil versus vegetable oils. Metabolism 1983; 32: 179-84.
22 Kromhout D, Bosschieter EB, de Lezeune Coulander C. The inverse relation between fish consumption and 20 years mortality from coronary heart disease. N Engl J Med 1985; 312: 1205-9.
23 McLennan PL, Abeywardena MY, Charnock JS. Dietary fish oil prevents ventricular fibrillation following coronary and artery occlusion and reperfusion. Am Heart J 1988; 116: 709-16.
24 Leaf A, King JX. Dietary omega-3 fatty acids in the prevention of lethal cardiac arrhythmias. Curr Opin Lipidol 1997; 8: 4-6.
25 Marckmann P, Grønbaek M. Fish oil consumption and coronary heart disease mortality. A systematic review of prospective cohort studies. Eur J Clin Nutr 1999; 53: 585-90.
26 Whelton SP, He J, Whelton PK, Muntner P. Meta-analysis of observational studies on fish intake and coronary heart disease. Am J Cardiol 2004; 93: 1119-23.
27 He K, Song Y, Daviglus ML et al. Accumulated evidence on fish consumption and coronary heart disease mortality. A meta-analysis of cohort studies. Circulation 2004; 109: 2705-11.
28 Burr ML, Fehily AM, Gilbert JF et al. Effects of changes in fat, fish and fibre intake on deat and myocardial reinfarction: diet and reinfarction trial (DART). Lancet 1989; 2: 757-61.
29 GISSI-Prevenzione Investigators. Dietary supplementation with omega-3 polyunsaturated fatty acids and vitamin E after myocardial infarction: results of the GISSI-Prevenzione trial. Gruppo Italiano per lo Studio della Sopravivenza nell´Infarto miocardio. Lancet 1999; 354: 447-55.
30 Leaf A, Albert CM, Josephson M et al. Fatty Acid Antiarrhythmia Trial Investigators. Prevention of fatal arrhythmias in high-risk subjects by fish oil omega-3 fatty acid intake. Circulation 2005; 112: 2762-8.
31 Raitt MH, Connor WE, Morris C et al. Fish oil supplementation and risk of ventricular tachycardia and ventricular fibrillation in patients with implantable defribrillators: a randomised controlled trial. JAMA 2005; 293: 2884-94.
32 Report of a Joint WHO/FAO Expert Consultation. Diet Nutrition and the Prevention of Chronic Diseases. WHO Technical Report Series 916. Geneva: WHO, 2003.
33 National Heart Foundation of Australia. Position Statement. Fish, Fish Oil and Long Chain Omega-3 Fatty Acids. Canberra: National Heart Foundation, 2006.
34 Sanders TAB, Lewis F, Slaughter S et al. Effect of varying the ratio of n-6 to omega-3 fatty acids by increasing the dietary intake of α-linolenic acid, eicosapentaenoic and docosahexaenoic acid or both on fibrinogen and clotting factors VII and XII in persons aged 47-70 years: the OPTILIP Study. Am J Clin Nutr 2006; 84: 513-23.
35 Griffin MD, Sanders TAB, Davies IG et al. Effects of altering the ratio of dietary n-6 to omega-3 fatty acids on insulin sensitivity, lipoprotein size, and postpradial lipemia in men and postmenopausal woman aged 45-70 years: the OPTILIP Study. Am J Clin Nutr 2006; 84: 1290-98.
36 Murphy KJ, Meyer BJ, Mori TA et al. Impact of foods enriched with omega-3 long-chain polyunsaturated fatty acids on erythrocyte omega-3 levels and cardiovascular risk factors. Br J Nutr 2007; 97: 749-57.
37 Paul AA, Southgate DAT. McCance and Widdowson´s the Composition of Foods, 4th edn.
London : HMSO, 1978.
38 Hopkins PN. Effects of dietary cholesterol on serum cholesterol: a meta-analysis and review. Am J Clin Nutr 1992; 55: 1060-70.
39 Katan MB, Beynan A, DeVries JHM, Nobels A. Existence of consistent hypo and hyperresponders to dietary cholesterol in man. Am J Epidemiol 1986; 123: 221-34.
40 Schulze A, Truswell AS. Sterols in British shellfish. Proc Nutr Soc 1977; 36: 25A.
41 Hendricks HFJ, Westrate JA, VanVliet T, Meijer GW. Spreads enriched with three different levels of vegetable oils sterol and the degree of cholesterol lowering in normocholesterolaemic and mildly hypercholesterolaemic subjects. Eur J Clin Nutr 1999; 53: 319-27.
42 Truswell AS. Dietary fibre and plasma lipids: potential for prevention and treatment of hyperlipidaemias. In: Schweizer TF, Edwards CA, eds. Dietary Fibre-A Component of Food. London : Springer-Verlag, 1992; 295-332.
43 Truswell AS. Cereal grains and coronary heart disease (review). Eur J Clin Nutr 2002; 56: 1-14.
44 Urgert R, Meybom S, Kuilman M et al. Comparison of effect of cafetiere and filtered coffee on serum concentrations of liver aminotransferases and lipids: six month randomised controlled trial. BMJ 1996; 314: 1362-55.
45 Thelle DS, Shaper AC, Whitehead TP, Bullock DG, Ashby D, Patel J. Blood lipids in middle aged British men. Br Heart J 1983; 49: 205-13.
46 Sullivan JL. Iron and the sex difference in heart disease risk. Lancet 1981; i: 1293-4.
47 Institute of Medicine. Dietary Reference Intakes for Vitamin A, Vitamin K, Arsenic, Boron, Chromium, Copper, Iodine, Iron, Manganese, Molybdenum, Nickel, Silicon, Vanadium and Zinc. Washington, DC: National Academy Press, 2001.
48 Sempos C. Do body iron stores increase the risk of developing coronary heart disease? Am J Clin Nutr 2002; 76: 501-3.
49 Gunn IR, Maxwell FK, Gattney D, McMahon AD, Packard CJ. Haemochromatosis gene mutations and risk of coronary heart disease: a West of Scotland coronary prevention study (WOSCOPS) substudy. Heart 2004; 90: 304-6.
50 Zacharski LR, Chow BK, Howes PS et al. Reduction of iron stores and cardiovascular outcomes in patients with peripheral arterial disease: a randomized controlled trial. JAMA 2007; 297: 603-10.
51 Qi L, van Dam RM, Rexrode K, Hu FB. Heme iron from diet as a risk factor for coronary heart disease in women with type 2 diabetes. Diabetes Care 2007; 30: 101-6.
52 Droulez V, Williams P, Levy G, Stobaus T, Sinclair AJ. Composition of Australian red meat 2003. Fatty acid profile. Food Aust 2006; 58: 335-41.
53 Watts GF, Ahmed W, Quiney J et al. Effective lipid lowering diets including red meat. BMJ 1988; 296: 235-7.
54 Kestin M, Rouse IL, Carroll RA, Nestel PJ. Cardiovascular disease risk factors in free living men. Comparison of two prudent diets, one based on lacto-ovovegetarianism and the other allowing red meat. Am J Clin Nutr 1989; 50: 280-87.
55 O´Dea K, Traianedes K, Chisholm K, Leyden H, Sinclair AJ. Cholesterol-lowering effect of a low-fat diet containing lean beef is reversed by the addition of beef fat. Am J Clin Nutr 1990; 52: 491-4.
56 Scott LW, Dunn JK, Pownall HJ et al. Effects of beef and chicken consumption on plasma lipid levels in hypercholesterolemic men. Arch Intern Med 1994; 154: 1261-7.
57 Davidson MH, Hunninghake D, Kaki KC, Kwiterovich PO, Kafonek S. Comparison of the effects of lean red meat vs lean white meat on serum lipid levels among free-living persons with hypercholesterolemia. Arch Intern Med 1990; 159: 1331-8.
58 Crawford MA. Fatty acid ratios in free living and domestic animals. Lancet 1968; i: 1329-31.
59 Red Meat and Health Expert Advisory Committee. The Role of Red Meat in Healthy Australian Diets. Sydney: Meat & Livestock Australia, 2001.
60 Hodgson JM, Burke V, Beilin LJ, Puddey IB. Partial substitution of carbohydrate intake with protein intake from red meat lowers blood pressure in hypertensive persons. Am J Clin Nutr 2006; 83: 780-87.
61 Noakes M, Clifton P. The CSIRO Total Wellbeing Diet. Camberwell: Penguin, 2005.
62 Farnsworth E, Luscombe ND, Noakes M, Wittert G, Argyiou E, Clifton P. Effect of a high protein, energy-restricted diet on body composition, glycaemic control, and lipid concentration in overweight and obese hyperinsulinemic men and women. Am J Clin Nutr 2003; 78: 31-9.
63 Skov AR, Toubro S, Ronn B, Holm L, Astrup A. Randomised trial on protein versus carbohydrate in ad libitum fat reduced diet for the treatment of obesity. Int J Obes Relat Metab Disord 1999; 23: 528-36.
64 Yancy WS, Olsen MK, Guyton JR, Bakst RP, Westman EC. A low carbohydrate ketogenic diet versus a low-fat diet to treat obesity and hyperlipidemia: a randomised, controlled trial. Ann Intern Med 2004; 140: 769-77.
65 Westerterp-Plantenga MS. The significance of protein in food intake and body weight regulation. Curr Opin Clin Nutr Metab Care 2003; 6: 635-8.
66 Weigle DS, Breen PA, Matthys CC et al. A high protein diet induces sustained reductions in appetite, and libitum caloric intake, and body weight despite compensatory changes in diurnal plasma leptin and ghrelin concentrations. Am J Clin Nutr 2005; 82: 41-8.
67 National Health and Medical Research Council. Nutrient Reference Values for Australia and New Zealand. Commonwealth of Australia, Canberra, 2006.
68 McLennan W, Podger A. National Nutrition Survey, Selected Highlights, Australia. Australian Government Publishing Services, Canberra., 1997.
69 Howe PRC, Meyer BJ, Record S, Baghurst K. Dietary intake of long chain?-3 polyunsaturated fatty acids: contribution of meat sources. Nutrition 2006; 22: 47-53.
70 Food Standards Australia & New Zealand. Technical Report: Diet-Disease Relationships (Cited 25 July 2007) http://www.foodstandards.gov.au/_srcfiles/P293%20Att%205%20For%20website%20-%20Diet%20Disease%20relationships.pdf.
71 Mann NJ, Sinclair AJ, Percival P, Lewis JL, Meyer BJ, Howe PRC. Development of a database of fatty acids in Australian foods. Nutrition & Dietetics 2003; 60: 34-7.
72 U.S. Food and Drug Administration. Letter Responding to Health Claim Petition dated November 3, 2003 (Martek Petition): Omega-3 Fatty Acids and Reduced Risk of Coronary Heart Disease. (Cited 25 July 2007) http://www.cfsan.fda.gov/~dms/ds-ltr37.html.
Baseado no artigo “Cardiovascular diseases and red meat”, de Stewart Truswell (2007) (Nutrition & Dietetics 64 (s4) , S162-S168).