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22 de fevereiro de 2008
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26 de fevereiro de 2008

Carnes vermelhas e pressão sangüínea

Inicialmente pensava-se que uma ingestão maior de proteína animal especificamente e de proteína total, de forma mais geral, é prejudicial para a pressão sangüínea. Esta idéia é derivada de estudos mostrando que dietas vegetarianas, que têm menor nível de proteínas totais e nenhuma proteína animal, podem reduzir a pressão sangüínea. Entretanto, vários estudos investigaram se o tipo de proteína dietética (animal versus vegetal) pode explicar a menor pressão sangüínea com dietas vegetarianas. Além disso, mais recentemente, vários estudos mostraram que dietas não vegetarianas ricas em vegetais, frutas e legumes podem também reduzir a pressão sangüínea. Este trabalho assume a posição de que é possível que a maior ingestão de proteínas possa ser na verdade benéfica para a pressão sangüínea.

Inicialmente pensava-se que uma ingestão maior de proteína animal especificamente e de proteína total, de forma mais geral, é prejudicial para a pressão sangüínea. Esta idéia é derivada de estudos mostrando que dietas vegetarianas, que têm menor nível de proteínas totais e nenhuma proteína animal, podem reduzir a pressão sangüínea (1). Entretanto, vários estudos investigaram se o tipo de proteína dietética (animal versus vegetal) pode explicar a menor pressão sangüínea com dietas vegetarianas (2-5). Além disso, mais recentemente, vários estudos mostraram que dietas não vegetarianas ricas em vegetais, frutas e legumes podem também reduzir a pressão sangüínea (6). Este trabalho assume a posição de que é possível que a maior ingestão de proteínas possa ser na verdade benéfica para a pressão sangüínea.

A relação entre a ingestão de proteína e a pressão sangüínea vem sendo investigada em muitos estudos populacionais (7-9). Em estudos cruzados-seccionais e epidemiológicos longitudinais, a ingestão estimada de proteína foi geralmente inversamente associada com a pressão sangüínea. A maior ingestão de proteínas totais e vegetais é associada de forma consistente com a menor pressão sangüínea. A maior ingestão de proteína animal também esteve associada com uma menor pressão sangüínea em vários estudos epidemiológicos. Este trabalho revisa as pesquisas que avaliaram as ligações entre os componentes dietéticos, notavelmente proteínas e carboidratos, com a pressão sangüínea.

Ingestão total de proteínas

A maioria dos estudos seccionais-cruzados de população mostrou uma associação inversa entre a ingestão estimada de proteína e a pressão sangüínea (7-12). Por exemplo, o estudo INTERSALT, que envolveu 10 mil homens e mulheres, reportou uma relação inversa entre o nitrogênio urinário e a uréia – como indicadores da ingestão de proteína – e a pressão sangüínea. Estimativas deste estudo indicam que um aumento de 37 gramas por dia de proteína pode levar à quedas nas pressões sangüíneas sistólica e diastólica na população de 3 e 2,5 mmHg, respectivamente (10). A queda estimada na pressão sangüínea em indivíduos com pressão alta pode ser maior. Um aumento no consumo de proteína de 37 gramas por dia representa uma modesta alteração no consumo de 30% abaixo da média da população para 30% acima da média. Até agora, existem mais de 25 estudos seccionais-cruzados reportados, com aproximadamente dois terços reportando uma relação inversa na ingestão de proteína com a pressão sangüínea e a maioria dos estudos restantes não reportando associação (7,8).

Menos estudos prospectivos reportaram uma relação entre proteína dietética e pressão sangüínea ou hipertensão. Destes estudos, dois mostraram uma associação inversa, três não mostraram associação significante e um mostrou uma associação inversa para proteína vegetal, mas uma associação positiva para proteína animal (8).

Proteína vegetal versus animal

As proteínas totais e vegetais são consistentemente associadas com uma menor pressão sangüínea. Quando as proteínas animal e vegetal foram analisadas separadamente, alguns estudos seccionais-cruzados sugeriram associações mais fortes para proteína vegetal (12-14). Além disso, no estudo Western Electric, estudo prospectivo de mais de 1700 homens com um período de acompanhamento de nove anos, uma associação inversa foi encontrada para proteína vegetal, mas uma associação positiva foi encontrada para proteína animal (15). Esses resultados podem não ser surpreendentes porque muitas fontes dietéticas de proteínas vegetais também contêm outros fatores, como fibras, folatos e fitoquímicos, que podem contribuir para reduzir a pressão sangüínea. Além disso, as ingestões de proteínas animais e vegetais podem estar associadas com diferenças nos padrões dietéticos e estilos de vida (16,17).

Em contraste, os resultados de vários estudos seccionais-cruzados sugeriram uma associação inversa da proteína animal com a pressão sangüínea. Muitas das grandes populações estudadas, onde a ingestão total de proteína foi inversamente associada com a pressão sangüínea, consomem predominantemente proteína animal (carne) (10,11). Além disso, os resultados dos vários estudos, principalmente em populações chinesas e japonesas, sugerem que a proteína animal está especificamente associada com uma menor pressão sangüínea (18-21).

Estudos aleatórios controlados

Proteína versus carboidrato

A redução na pressão sangüínea com as proteínas, em comparação com os carboidratos, é uma descoberta consistente em estudos controlados (22-27). Três estudos compararam a proteína vegetal (soja) com o carboidrato (22-24). Em um estudo, 36 indivíduos hipertensivos tratados seguiram uma dieta com baixa proteína (12% da energia) e alto carboidrato (60% da energia). Em oposição a este cenário, proteína vegetal (66 gramas de proteína da soja) comparado com carboidrato (66 g de maltodextrina) resultou em uma redução das pressões sangüíneas sistólica e diastólica ambulatoriais de 24 horas (pressão monitorada por 24 horas) em 5,9 e 2,6 mmHg (22). Washburn et al. (23) encontrou queda na pressão sangüínea clínica diastólica em um estudo cruzado controlado aleatório que comparou 20 gramas por dia de proteína da soja com 20 gramas por dia de carboidratos. He et al. (24) reportou pressão sangüínea sistólica e diastólica significantemente menor, em 4,3 e 2,8 mmHg, respectivamente, com 26 gramas por dia de proteína da soja em comparação com carboidrato do trigo.

Delbridge et al. (25), em um estudo de 12 meses comparando uma dieta rica em proteína com uma rica em carboidrato, mostrou um pressão sangüínea sistólica 6,6 mmHg menor nos que consumiram a dieta protéica. Appel et al. (26) mostrou que uma substituição parcial do carboidrato em uma dieta DASH (medidas dietéticas para combater a hipertensão) com aproximadamente 55 gramas por dia de proteína de fontes vegetais primariamente resultou em uma pressão sangüínea sistólica 1,4 mmHg menor. Essa medida baseada em proteínas vegetais pode ser ideal para aumentar o teor protéico da dieta por causa do aumento acompanhante de outros fatores dietéticos potencialmente benéficos. Entretanto, é difícil conseguir isso dentro de populações que consomem primariamente proteína de origem animal. Na Austrália, qualquer conselho para substituir parcialmente alimentos ricos em carboidratos por alimentos ricos em proteína e pobres em gordura resulta em maior ingestão de proteína animal.

O impacto na pressão sangüínea do aumento no consumo de proteína de origem animal à custa dos carboidratos também foi estudado. Em um estudo controlado com 50 indivíduos hipertensivos, o efeito de um aumento na ingestão de proteína oriunda de carne vermelha magra na pressão sangüínea foi investigado. A substituição parcial do carboidrato (primariamente amido) por proteína (36 g/dia) em dietas isoenergéticas por oito dias resultou em uma redução relativa na pressão sangüínea sistólica clínica e ambulatorial de 24 horas em 5,2 e 4,0 mmHg, respectivamente (27).

Nestes estudos, o aumento na ingestão de proteína foi de 20 a 66 g/dia. Nenhuma das dietas seria considerada como de nível muito alto de proteínas. Devido às diferenças no projeto dos estudos, é difícil apurar se existe uma dose-resposta. É improvável que mudanças no peso corpóreo sejam um importante fator de confusão. Em estudos que usaram uma configuração dietética para alterar as ingestões de proteína e carboidratos (22,25), em oposição aos estudos que usaram suplementos, as mudanças na ingestão de sódio podem ter contribuído para algumas reduções na pressão sangüínea observadas. Entretanto, as diferenças na ingestão de sódio provavelmente não são responsáveis por todas as diferenças observadas na pressão sangüínea.

O potencial papel dos carboidratos refinados

Todos estes estudos de intervenção compararam proteína com carboidrato. O possível papel dos carboidratos refinados nas diferenças observadas na pressão sangüínea permanece incerto. Dados da população sobre carboidratos e pressão sangüínea são limitados e inconsistentes (11-13) apesar de existirem dados que indicam que os carboidratos derivados de grãos integrais podem reduzir a pressão sangüínea (28-31).

Estudos comparando dietas ricas em carboidratos com dietas com alto nível de gordura monoinsaturada – ácidos graxos com uma ligação dupla na molécula que ajuda a reduzir o colesterol “ruim” (LDL) sem alterar os níveis do colesterol “bom” (HDL) – são consistentes com efeitos ruins dos carboidratos refinados (26,32,33). Appel et al. (26) reportou que a substituição parcial do carboidrato por qualquer proteína ou gordura monoinsaturada resultou em uma menor pressão sangüínea de magnitude similar. Essas descobertas precisam de confirmação. Shah et al. (32) reportou que uma dieta rica em carboidrato resultou em uma maior pressão sangüínea em pacientes com diabetes tipo 2 em comparação com uma dieta rica em gordura monoinsaturada.

Uma recente meta-análise de estudos controlados para avaliar o efeito de dietas ricas em carboidratos em comparação com dietas ricas em gordura monoinsaturada na pressão sangüínea mostrou que as dietas ricas em carboidrato foram associadas com maiores pressões sangüíneas sistólica (2,6 mmHg) e diastólica (1,8 mmHg) (33). Em contraste, uma dieta com alto nível de carboidrato e baixo índice glicêmico (indicador baseado na habilidade da ingestão do carboidrato de um dado alimento elevar os níveis de glicose sangüínea pós-prandial, comparado com um alimento referência, a glicose) mostrou reduzir a pressão sangüínea diastólica em comparação com uma dieta rica em gordura monoinsaturada (34).

Os estudos que compararam os efeitos na pressão sangüínea de dietas com altos e baixos índices glicêmicos sugerem que este índice não é um importante determinante da pressão sangüínea (35,36). Desta forma, é prematuro tirar qualquer conclusão com relação ao índice glicêmico e a pressão sangüínea. Entretanto, parece que as diferenças na ingestão de carboidrato podem ter contribuído com os efeitos observados na pressão sangüínea nos estudos que compararam proteínas e carboidratos.

Proteína animal versus vegetal

Vários estudos investigaram se o tipo de proteína dietética poderia explicar a redução na pressão sangüínea com dietas vegetarianas (2-5). Esses estudos consistentemente reportaram que as proteínas animais e vegetais não diferem com relação aos efeitos na pressão sangüínea.

Por exemplo, Prescott et al. (5) conduziu um estudo de 12 semanas comparando dietas com o mesmo nível de proteína originária de carnes e de fontes que não a carne e não reportaram diferença na pressão sangüínea. Mais recentemente, os pesquisadores se interessaram nos efeitos da proteína da soja na pressão sangüínea. Vários estudos compararam a proteína da soja com outras fontes protéicas, principalmente caseína ou proteínas do leite. Esses estudos foram revisados por Sacks et al. (37).

A maioria dos estudos não encontrou efeitos na pressão sangüínea e a mudança média ponderada foi de -1 mmHg na pressão sangüínea sistólica. Desta forma, existem poucas evidências de efeitos diferenciais na pressão sangüínea de diferentes fontes de proteína.

Potenciais mecanismos

Ainda continua incerto se a proteína per se pode reduzir a pressão sangüínea ou se os benefícios são devido à substituição parcial de alguns outros fatores na dieta, como os carboidratos refinados. Sendo assim, os potenciais mecanismos continuam especulativos. A composição de aminoácidos das proteínas pode ser relevante: vários aminoácidos foram reportados como tendo efeitos na pressão sangüínea, em estudos humanos e em experimentos animais (38). A arginina, com potencial de agir via óxido nítrico (39), tem sido o aminoácido mais amplamente investigado com relação à pressão sangüínea e à função endotelial. A taurina também foi reportada como redutora da pressão sangüínea em animais (40) e sendo inversamente relacionada à pressão sangüínea em estudos de população (41). Um efeito diurético dose-dependente não específico dos aminoácidos também pode contribuir para o efeito redutor da pressão sangüínea (42).

Atualmente, as informações sobre os efeitos de aminoácidos específicos na pressão sangüínea são inadequadas para permitir qualquer conclusão sobre a necessidade de considerar a composição de aminoácidos das proteínas. Dados do INTERSALT (10) reuniram no mundo todo de uma gama de populações com considerável variação no tipo de proteína consumida. Se a proteína dietética pode reduzir a pressão sangüínea, então esta fonte de dados sugeriria que a composição de aminoácidos da proteína e a fonte proteína não são determinantes críticos.

Conclusão

Os resultados de vários tipos de estudos suportam a proposta de que maiores ingestões de proteínas de origem vegetal e animal podem reduzir a pressão sangüínea. Os resultados de estudos controlados sugerem que para pessoas com pressão sangüínea acima da ótima, a substituição parcial de alimentos ricos em carboidratos refinados por alimentos ricos em proteínas e com baixo teor de gordura reduz a pressão sangüínea. Se existem benefícios para a pressão sangüínea na maior ingestão de proteínas, então uma mensagem similar pode ser passada a populações: “substituir parcialmente os alimentos ricos em carboidratos refinados por uma variedade de alimentos ricos em proteínas e com baixo teor de gordura”.

Entretanto, ainda permanece incerto se este conselho seria o mais apropriado. Isso porque não se sabe se a proteína per se reduz a pressão sangüínea e/ou se os carboidratos refinados aumentam a pressão sangüínea.

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Baseado no artigo de Jonathan M Hodgson (Nutrition & Dietetics 64 (s4), S169-S172), de setembro de 2007.

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  1. CLAUDIO BERNARDI disse:

    A hipertensão é um tema complexo e de forma especial nos remete a qualidade e quantidade de alimentos que ingerimos diariamente. A diversificação associada a escolha correta dos alimentos, seguindo orientação nutricional, nos permite obter um patamar de vida saudável sem ocorrer em doenças associadas ou originadas pela hipertensão. O uso indiscriminado de produtos industrializados, de uma forma geral, conduz também a elevação gradativa da pressão sanguínea. Ao que se deduz neste artigo, que não existe, por enquanto , uma fórmula geral mas devemos levar em consideração vários fatores , tais como, heretariedade, metabolismo,atividade exercida,entre outros para em cada caso específico determinar o grau de eficácia da presença de proteína animal na dieta diária.

  2. Richard Jakubaszko disse:

    Olá Juliana,

    Parabéns pelo seu trabalho e pelo artigo. Há uma falta enorme de pesquisas nessa área. Precisa de muito mais.

    Em meu livro “Marketing da Terra” (Editora UFV – Univ. Federal Viçosa, 2006, 282 pg.), onde abordo a ótica de como agregar valor a commodities, há um capítulo inteiro e específico sobre as carnes vermelhas, e comento as questões da pressão sanguínea e elevação do colesterol. Conforme levantado pelas universidades americanas, e endossado pelo FDA, a carne vermelha é culpada e causa de ambas as anomalias humanas. Esse aval é transmitido aos formadores de opinião do mundo inteiro, médicos em especial, e aí acontece a praga: ameaça de infarto? pressão alta? AVC? colesterol alto? Corta a carne da dieta do infeliz do paciente.

    Faço no livro uma análise entre povos diferentes (europeus e americano) para depois constatar que na Europa se come carne vermelha tanto quanto nos USA, mas não há obesidade, como há nos USA, e a pressão alta e o alto colesterol não são problemas endêmicos, mas pontuais, individuais.

    Aponto ainda, no livro, os interesses não revelados das universidades e do FDA em manter essas acusações contra as carnes vermelhas, quando o problema e a causa seria o mau hábito alimentar dos americanos: no breakfast vai ôvo frito, bacon frito, hamburguer frito; no almoço mais hamburguer, catchup (industrializado), batatas fritas, chicken frito, pão com maionese, refrigerantes, e ainda querem ter uma população saudável.

    Na Europa a alimentação é equilibrada, tem azeite, vinho, frutas, e pouquíssima coisa frita. Mas comem manteiga, e não margarina (que o FDA aprova e aplaude), e comem muita carne de porco, seja Itália, Bélgica ou Alemanha. Na Europa há longevidade, mas nos USA é muito menor essa média.

    Estarão certos os americanos de que o o problema da pressão alta é a carne vermelha? Não, somos nós os errados, os macaquitos que ecoamos por aqui o que eles determinam por lá como verdade absoluta, e que repercute no mundo inteiro.