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Chile flexibilizou barreiras sanitárias na fronteira com a Argentina

O governo do Chile anunciou, na semana passada, a flexibilização dos controles sanitários na passagem que liga a cidade de Medonza, na Argentina, à Região de Valparaíso, no Chile, chamada de “Los Libertadores”. Esta flexibilização foi possível devido ao controle, no país vizinho, dos focos de febre aftosa, razão pela qual haviam sido reforçadas as medidas visando à prevenção da doença no Chile.

O diretor do Serviço Agrícola e Pecuário (SAG) da região de Valparaíso, Alejandro Zuleta, disse em declarações feitas à Rádio Chilena que a flexibilização começou a ser realizada desde 1o de maio. Segundo ele, a decisão do SAG obedece basicamente “à correta aplicação das políticas preventivas que, em matéria de sanidade animal, a Argentina vem implementando frente aos problemas da febre aftosa. A Argentina já não é uma fonte de risco tão evidente para o Chile”.

Zuleta explicou que, pelo mesmo motivo, a partir da mesma data, não mais seriam realizadas as desinfecções em veículos que ingressem em território chileno por essa passagem de fronteira. “Isso beneficia a entrada de automóveis particulares, ônibus e caminhões, por essa via, já que a probabilidade de que nos contaminemos através dela se reduziu a zero”.

Desde o dia 1o de março de 2001, o SAG tinha determinado a obrigatoriedade de desinfecção dos pneus de todos os veículos que cruzavam a fronteira na passagem de “Los Libertadores”, devido a focos de aftosa surgidos na Argentina. Segundo as autoridades sanitárias chilenas, as principais fontes de contágio para o gado bovino local são o eventual contato de reses chilenas com pastos argentinos contaminados ou os pneus dos automóveis que cruzam a fronteira.

O diretor regional do SAG destacou que esta medida, além de agilizar o trânsito de veículos, implica em uma economia ao Chile, devido ao alto custo das desinfecções feitas na fronteira. “Essa barreira sanitária se manteve funcionando por 14 meses, com um custo de 350 mil pesos (US$ 557,70) diários para o Chile”.

Entretanto, o funcionário disse que o SAG continuará revisando os passageiros, cargas e equipamentos, para garantir que não entrem no país produtos proibidos que possam levar a enfermidade ao Chile. O Chile recuperou sua condição de país livre de febre aftosa em 1988, segundo certificou a Organização Internacional de Epizootias (OIE), após ter sofrido perdas, no ano anterior, de US$ 560 milhões, devido a um foco da doença detectado em Ñuble, a 400 quilômetros ao sul de Santiago.

Fonte: El Mercurio, adaptado por Equipe BeefPoint

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