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China: importações agrícolas deverão aumentar

Com uma grande produção, safra de 501,5 milhões de toneladas de grãos em 2007, a China não é dos maiores importadores mundiais de alimentos. Entretanto, o aumento da renda e a valorização do yuan, moeda local, em relação ao dólar norte-americano estão levando à diversificação do consumo, com a entrada de produtos que até pouco tempo atrás estavam fora dos cardápios chineses.

Com uma grande produção, safra de 501,5 milhões de toneladas de grãos em 2007, a China não é dos maiores importadores mundiais de alimentos. Entretanto, o aumento da renda e a valorização do yuan, moeda local, em relação ao dólar norte-americano estão levando à diversificação do consumo, com a entrada de produtos que até pouco tempo atrás estavam fora dos cardápios chineses.

Estudo do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) avalia que a alta na cotação da moeda chinesa poderá elevar as importações agrícolas do país, na medida em que torna os produtos norte-americanos mais baratos. Segundo o estudo, outro fator que pode impulsionar o comércio é a crescente inflação chinesa. Os preços ao consumidor estão em alta desde meados do ano passado, impulsionados basicamente pelos alimentos. No primeiro trimestre de 2008, a inflação foi de 8%. A carne de porco, item essencial na dieta local, teve reajuste de 63,4% em fevereiro.

Mas o brasileiro Cláudio Gouveia, vice-presidente da rede Carrefour na China, avisa que não é fácil concorrer com os produtores chineses. “Dos alimentos que o Carrefour vende, 95% são comprados na própria China. O país tem um tamanho continental e vários tipos de clima, o que propicia uma agricultura com enorme variedade”, destacou.

Para o USDA os importados podem aumentar sua presença no nicho de produtos mais caros, à medida que a valorização da moeda reduza seus preços em moeda chinesa.

Assim, até a carne bovina poderia ganhar espaço no prato chinês. Segundo o diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Camardelli, já existe um enorme mercado na indústria de turismo, com fornecimento para hotéis e os serviços de catering das companhias aéreas. Mas a entrada do produto brasileiro é barrada por um misto de protecionismo e burocracia.

As informações são de Cláudio Trevisan, do jornal O Estado de S.Paulo.

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