Em junho último, a China importou 161,11 mil toneladas de carne bovina, queda 3,52% sobre maio/21 e baixa de 6,72% na comparação com junho/20, segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura daquele país.
Trata-se do terceiro mês seguido de queda nas importações chinesas da proteína vermelha.
“Foi o menor resultado desde maio/20, quando os chineses adquiriram 150,23 mil toneladas de proteína bovina”, informa o economista Yago Travagini, consultor de mercado da Agrifatto.
Na avaliação do analista, os dados recentes divulgados pelo governo chinês levantam dúvidas sobre um possível teto de consumo da proteína vermelha no gigante asiático.
“A dificuldade em manter um ritmo de compra acima das 190 mil toneladas revelam que até mesmo os chineses têm um limite”, observa Travagini.
O consultor diz que a redução das compras chinesas nada tem a ver com a saída da Argentina do mercado exportador (uma determinação do governo federal para reduzir a inflação no setor de alimentos).
“Antes que se aponte a Argentina como causador desta diminuição, os números divulgados pelo Ministério da Agricultura chinês destacam que os argentinos aumentaram as suas vendas aos chineses em junho/21”, diz ele, acrescentando que “o impacto da saída argentina deve começar a ser sentido a partir das estatísticas referentes a julho/21”.
Uma das motivações para essa redução do apetite chinês, relata Travagini, pode estar atrelada à queda vertiginosa dos preços da proteína suína no mercado interno da China, desestimulando a compra de novas cargas de carne bovina.
Fonte: Portal DBO.