O presidente da Sadia, Luiz Fernando Furlan, afirmou ontem que o mercado da China pode ser aberto para as exportações de carnes brasileiras antes do final do ano. O executivo participou de almoço privativo com o ministro de Administração Estatal de Controle de Qualidade, Garantia e Inspeção para Importação e Exportação daquele país, Li Changjiang.
Durante uma semana, o político chinês estará no País em missão de inspeção fitossanitária com uma equipe de sete técnicos. O objetivo é avaliar as condições necessárias para o início das importações dos produtos brasileiros. “Se as negociações forem bem-sucedidas, o mercado vai ser aberto antes do final do ano”, disse.
A China parou de comprar carnes brasileiras há oito anos, alegando barreiras técnicas e condições sanitárias inadequadas.
Segundo Furlan, não há hoje mais barreiras que impeçam o consumo de carnes brasileiras por parte da China. O executivo não fez projeções de vendas. “Apesar do poder aquisitivo do consumidor chinês ser relativamente baixo, há um crescimento de 10% ao ano na renda per capita daquele país”.
A carne de frango deve ser liberada antes para o mercado daquele país, seguida pelas carnes bovina e suína, de acordo com Furlan. “Conversei com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pratini de Moraes, que está otimista. Creio que, em cinco a dez anos, a China será um grande mercado para as carnes brasileiras.”
Fonte: Gazeta Mercantil (por Alessandra Saraiva), adaptado por Equipe MilkPoint