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Chuvas do fim de semana aliviaram pouco as regiões secas

Apesar das pancadas de chuva no fim de semana passado em diversas localidades das regiões Sul, Sudeste e Nordeste do país, as precipitações foram insuficientes para reverter o quadro de seca registrado desde o início do ano, de acordo com Marco Antônio dos Santos, agrometeorologista da Somar. Por isso, de acordo com ele, reduções nos potenciais produtivos de lavouras já estão ocorrendo por todo o Brasil.

Apesar das pancadas de chuva no fim de semana passado, em diversas localidades das regiões Sul, Sudeste e Nordeste do país, as precipitações foram insuficientes para reverter o quadro de seca registrado desde o início do ano, de acordo com Marco Antônio dos Santos, agrometeorologista da Somar. Por isso, de acordo com ele, reduções nos potenciais produtivos de lavouras já estão ocorrendo por todo o Brasil.

Em Goiás, as perdas na soja, por exemplo, poderão chegar a 10% do volume inicial esperado, enquanto em São Paulo e Minas Gerais esse percentual poderá ultrapassar os 15%, e o mesmo poderá ocorrer na Bahia e no Piauí, conforme Santos. “Outras culturas, como milho, feijão, café e até mesmo cana-de-açúcar, estão sendo castigadas por esse período seco e muito quente, onde as temperaturas vêm ultrapassando os 35°C facilmente, todos os dias”, afirma o agrometeorologista.

Para a semana do dia 10 de fevereiro, previsões da Somar indicam pancadas de chuva sobre Mato Grosso, norte do Mato Grosso do Sul e estados da região Norte. Já no Sul, Sudeste e Nordeste, os mapas continuam apontando tempo quente, com temperaturas acima dos 35°C. Mas, no decorrer da semana, o bloqueio atmosférico que vem impedindo a formação de nuvens de chuva se enfraquecerá e permitirá a volta das precipitações.

“Não serão chuvas com altos volumes e nem generalizadas. Esse padrão só deverá mudar após o dia 20 de fevereiro, quando há previsões de chuvas mais volumosas e generalizadas por todo o Brasil. Em Mato Grosso, há previsão até mesmo para um curto período de invernada [chuvas prolongadas]”, observou Santos.

É graças às chuvas de Mato Grosso, maior estado produtor de soja do país, que muitas consultorias relutam em reduzir expressivamente suas estimativas para a colheita da oleaginosa. Mas o sinal de alerta está ligado.

“Se não houver queda nas temperaturas e melhora nos volumes e cobertura das chuvas até 15 de fevereiro, a estimativa de produção terá queda”, afirma relatório do dia 11 de fevereiro, da AgRural, que, por enquanto, estima a colheita de soja em 88,8 milhões de toneladas.

Paralelamente, as previsões de prejuízos para os “cinturões verdes” de hortifrútis que estão sem chuvas e abastecem grandes centros se multiplicam. Em São Paulo, há relatos de uso de carros-pipa em estufas.

Confira artigo recentemente publicado sobre a questão: 

“Chuvas –  previsões e consequências na produção animal e vegetal”

Falta de chuva compromete pastagens, preocupa pecuaristas e altera cenário do boi gordo – Sergio de Zen [CEPEA]

Fonte: Jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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