Cientistas britânicos fazem progresso em vacina contra peste suína africana

Cientistas do Reino Unido fizeram progressos no desenvolvimento de uma vacina contra a Pebre Suína Africana (ASF, da sigla em inglês).

Cientistas do Instituto Pirbright identificaram proteínas da ASF que podem desencadear uma resposta imune em porcos, que eles esperam ajudar a desenvolver uma vacina contra a doença.

Em um estudo publicado no Frontiers in Immunology, foi revelado que quando alguns porcos foram desafiados com uma cepa virulenta de ASF, depois de receber uma vacina que incluía as proteínas identificadas, o nível de vírus no sangue foi reduzido.

“ASFV tem mais de 150 proteínas; entender qual desses desencadeia uma resposta imune é difícil, mas crucial para a criação deste tipo de vacina ”, explicou o Chris Netherton, chefe do grupo de vacinologia da ASF em Pirbright. “Agora que identificamos proteínas que ativam as células do sistema imunológico de suínos, podemos trabalhar na otimização dos componentes da vacina para garantir que os porcos estejam protegidos contra cepas de ASF virulentas.”

“Esta [pesquisa] demonstra que este método de vacinação pode fornecer proteção eficaz para os suínos, embora seja necessário mais trabalho”, acrescentou Netherton.

Embora o vírus não cause doenças em seres humanos, representa uma ameaça significativa à segurança alimentar e tem um impacto substancial na economia, especialmente no comércio e na agricultura. A ASF já resultou no abate de mais de 1,1 milhão de suínos na China e quase 2,5 milhões de suínos somente no Vietnã. O abate, quarentena e medidas estritas de biossegurança são atualmente as únicas defesas que os agricultores podem usar para evitar a propagação da peste suína africana.

Fonte: GlobalMeatNews.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.