Com pressão da Irlanda, UE adia a decisão sobre Brasil

De acordo com notícia do jornal Valor Econômico, a decisão da UE sobre a manutenção da habilitação do Brasil como exportador de carne bovina e a permanência dos embargos para MS, PR e SP foi adiada pela comissão européia por duas semanas. As decisões que deveriam ser tomadas na quarta-feira, ocorriam sob pressão da Irlanda, França e Grã-Bretanha, que alegam estar preocupadas com a segurança dos alimentos importados do Brasil.

A Irlanda é evidentemente a favor de aumentar as restrições ao produto brasileiro. Ainda questionou o grande volume de importações do Brasil apesar dos embargos. A delegação irlandesa listou outras preocupações, envolvendo o controle da aftosa, rastreabilidade, controle do trânsito de animais, programas de vacinação e controle de resíduos e contaminantes.

Segundo notícia do Estadão/Agronegócios, o Ministério da Agricultura do país chegou a receber um pedido do setor privado para que o caso fosse levado ao Tribunal Europeu se a Comissão Européia se recusasse a impor novas barreiras sobre os produtos brasileiros.

Ainda segundo o Estadão, um dos fatores que pode estar atrasando uma decisão dos veterinários é o Brasil ter enviado as informações solicitadas pela UE no último dia útil de agosto, prazo final dado pelos europeus para que Brasília desse alguma explicação sobre a situação no País. Diplomatas brasileiros em Bruxelas evitaram o pior avisando o Mapa da necessidade das informações. Caso contrário, o embargo entraria em vigor no primeiro dia de setembro. Nos próximos dias, enquanto os veterinários europeus estudam a situação no país, o setor privado promete fazer pressão por barreiras.