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Comércio mundial de carne bovina crescerá menos de 5%

O comércio mundial de carne bovina deve crescer menos do que 5% este ano, apesar das perspectivas de recuperação da economia global. A análise é do professor Robert Young, diretor do Instituto de Pesquisa de Política Agrícola da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos.

Young, que participou ontem do Congresso Feicorte, avalia que o crescimento da economia mundial não será suficiente para melhorar de forma significativa a renda da população, o que seria um estímulo para o consumo. Outro fator que pesa contra a carne bovina é o preço, mais alto que os de outras carnes.

Há ainda as questões sanitárias. No Japão, por exemplo, o consumo de carne bovina está em queda por causa da “vaca louca” e da aftosa.

Assim, Young acredita que o comércio mundial de carne bovina ficará pouco acima de 2,8 milhões de toneladas em 2002. Para a carne de frango, ele estima um crescimento de 5% no comércio mundial, para 5,2 milhões de toneladas. Para a carne suína, o quadro é mais favorável: 10%, para 2,2 milhões de toneladas.

As previsões cautelosas para a carne bovina têm outro motivo: para o professor americano, a entrada da China na Organização Mundial de Comércio (OMC) não é garantia de aumento das vendas para aquele país. “Eles têm capacidade de aumentar a própria produção no mesmo ritmo em que aumenta a demanda”. Young acredita que o Brasil continuará crescendo em países do leste europeu, que compram cortes de carne bovina de menor valor. No entanto, terá de lutar por esses mercados, já que há uma crescente produção local, como na Polônia.

Ele afirma também que o Brasil é um dos países onde a pecuária de corte tem mais chances de crescimento devido à competitividade, tecnologia e disponibilidade de área. Pelas suas previsões, o rebanho brasileiro pode chegar a 200 milhões de cabeças em 10 anos ante as atuais 160 milhões.

Fonte: Valor On Line (por Alda do Amaral Rocha), adaptado por Equipe BeefPoint

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