União entre os pecuaristas em cooperativas, terceirização do abate, negociação direta com os distribuidores, criação de marcas próprias e parceria com exportadores. Essas parecem ser as vias encontradas pelos pecuaristas para se fortalecerem ao vender seu produto no mercado. Veja algumas das idéias colhidas na primeira parcial da enquete BeefPoint: Como promover a união do produtor, visando aumento do poder de barganha?
João Gustavo de Paula, diretor da Farpal Agropastoril, de Montes Claros, MG, acredita que só há duas maneiras possíveis de melhorar o poder de barganha dos pecuaristas.
“Ou negociando uma carne padronizada diretamente com o varejista ou atacadista nacional ou estrangeiro, usando uma marca própria ou privada do distribuidor, através de uma escala de abate firmada por um grupo de produtores e terceirizando o abate e desossa, tudo costurado por contratos e garantias. Ou através de uma cooperativa de produtores de carne, com instalações industriais de abate e desossa, com administração profissional, aos moldes do que acontece com a carne na Nova Zelândia e com o leite na Austrália, EUA e Canadá”, acredita Gustavo de Paula.
Guilherme Azevedo Sodré diz que tudo deve começar com um grupo de produtores interessados em negociar com um importador de carne. “Se este comprador garantir, por contrato e carta de crédito um volume mínimo, os criadores irão se adensando no grupo, pois irão receber mais” analisa.
“Estimo que o preço a mais oscile entre 10 a 30% do que estamos recebendo hoje”, diz Sodré, que acredita que os criadores poderão se unir, desde que tenham gado em área próxima a plantas exportadoras. “A embalagem poderá ser do importador adaptada à legislação brasileira. Obviamente, o grupo, em harmonia com o importador, deverá contratar com os frigoríficos o abate”, continua Sodré, que não considera a idéia nenhum “absurdo”. “O governo do Estado de São Paulo tem uma agência de fomento para ajudar. Já existe gente fazendo isso, como a Fisher, por exemplo. O frigorífico tem interesse nas outras carnes, no couro e no restante”, exemplifica.
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Fonte: Equipe BeefPoint