Mercados Futuros – 14/06/07
14 de junho de 2007
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18 de junho de 2007

Competitividade é afetada por custo de mão-de-obra

O reajuste de 8,57% no salário mínimo foi o principal fator de aumento dos custos operacionais efetivos da pecuária de corte em 3,33% em abril. Nesse mês a arroba do boi gordo recuou 0,39%. Com isso, a mão-de-obra continua sendo o item mais pesado para o produtor, representando 30,4% dos custos operacionais.

O reajuste de 8,57% no salário mínimo foi o principal fator de aumento dos custos operacionais efetivos da pecuária de corte em 3,33% em abril. Nesse mês a arroba do boi gordo recuou 0,39%. Com isso, a mão-de-obra continua sendo o item mais pesado para o produtor, representando 30,4% dos custos operacionais.

“Apesar dos aumentos de custos que reduzem a rentabilidade do setor, a pecuária brasileira continua batendo recordes de exportações”, comentou o presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira. No entanto, os ganhos com o bom resultado das exportações continuam não chegando ao produtor rural, comprometendo a capacidade de investimento. “A manutenção deste quadro poderá prejudicar a produtividade do setor no médio e longo prazos”, afirmou.

Desde 2003, quando iniciou a pesquisa dos Indicadores Pecuários da CNA/Cepea-USP, o custo da mão-de-obra nas fazendas de pecuária já encareceu 90% nos estados brasileiros pesquisados. No mesmo período, o preço da arroba caiu 7,2%.

Conforme a rede de comparação Agri Benchmark, a Áustria é o país que apresenta maior custo de mão-de-obra na pecuária, variando de US$ 139,00 a US$ 276,00 por 100 kg de carcaça vendidos, enquanto a média européia é de US$ 80,00/100 kg vendidos. Este cálculo é resultado dos altos salários dos empregados e da baixa produtividade da mão-de-obra na Áustria. No Brasil, a mesma rede levantou que o custo da mão-de-obra nas propriedades típicas do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul pode variar entre US$ 40,00 e US$ 16,00/100 kg vendidos.

Além da mão-de-obra, contribuíram para o forte aumento dos custos da atividade os adubos e corretivos, que tiveram um aumento médio de 4,3% de um mês para o outro. O principal motivo foi a alta dos preços em dólar no mercado internacional. informou a CNA.

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