Os consumidores americanos estavam dispostos a pagar US$ 2,78 por quilo de bife com o rótulo natural do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) quando não conheciam a definição, mas não quando ficaram sabendo qual era essa definição, descobriu um estudo da Arizona State University.
Os consumidores que não estavam familiarizados com a definição estavam dispostos a pagar ainda mais quando o rótulo natural foi combinado com outros rótulos percebidos positivamente, até US$ 5,36 por quilo por carne natural e sem hormônios de crescimento.
Aqueles que receberam a definição do USDA não estavam dispostos a pagar um preço prêmio apenas pelo rótulo de natural, mas disseram que pagariam US$ 6,77 por quilo pela carne rotulada como natural e sem hormônios de crescimento.
Os consumidores que se consideravam já familiarizados com a definição natural também não pagavam um prêmio pela carne bovina natural, mas estavam dispostos a pagar US$ 6,46 mais por quilo pela combinação de natural com sem hormônios de crescimento e US$ 8,38 por quilo por carne natural e produzida a pasto.
As descobertas sustentam a hipótese de que os consumidores que estão familiarizados com a definição natural não a valorizam como um rótulo independente, disseram os pesquisadores.
Os pesquisadores da ASU questionaram 663 consumidores de carne bovina sobre sua vontade de pagar pela carne rotulada para diferentes atributos: natural, produzida a pasto ou com milho, produzida com alimentos geneticamente modificados e produzida sem hormônios de crescimento e antibióticos. Metade dos participantes recebeu a definição de natural, enquanto a outra metade, não.
“Rotular alimentos com afirmações que não estão claramente definidas pode ser dispendioso para os consumidores e ter desvantagens para fabricantes de alimentos ou produtores que não usam tais afirmações”, disse Carola Grebitus, professora assistente de gestão da indústria de alimentos na ASU, em um comunicado à imprensa.
Várias empresas e grupos de consumidores expressaram preocupações de que o rótulo de natural dos produtos alimentícios é enganador e deveria ser banido ou redefinido, observaram os pesquisadores da ASU.
Fonte: MeatingPlace.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.