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Consumo de carnes na China: potencial de crescimento no ponto de vista do USDA

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) acaba de divulgar relatório de pesquisa econômica em que avalia o potencial de crescimento do consumo de carnes da China.

Trata-se de um estudo aprofundado, com 59 páginas, em que técnicos do USDA – após indagarem: o consumo chinês atingiu o teto ou há espaço para mais crescimento? – respondem a essa questão mostrando tendências na produção e nas compras externas de carnes pela China, discutindo inconsistências nos dados existentes, analisando a evolução da população e estimando como renda e preços devem influenciar o consumo.

Obviamente, trata-se de matéria produzida com o objetivo de demonstrar o potencial chinês para os exportadores norte-americanos das carnes bovina, suína e de frango. Mas, naturalmente, seu teor não pode ser ignorado por quem tem a China como seu principal mercado de carnes.

Na tabela abaixo, a evolução da disponibilidade per capita de carnes na China entre 2000 e 2021 segundo o USDA. Ela mostra que o maior aumento no período foi o da carne de frango. Efeito, sem dúvida, da ocorrência da peste suína africana, que abriu espaço para a expansão da avicultura de corte e modificou parcialmente os hábitos de consumo dos chineses, antes fortemente concentrado na carne suína.

Na mesma tabela é mostrado o percentual importado que complementa a disponibilidade das três carnes. Aqui, a maior expansão ocorreu com a carne suína, em decorrência da peste suína africana. Assim, próximas de zero em 2000, as importações de 2021 representaram 6,25% do total disponível naquele ano.

As importações de carne de frango aumentaram 23% e passaram a corresponder a pouco mais de 5% da disponibilidade per capita do produto. Parece pouco, mas lembrando que esse é o volume per capita disponível para mais de 1,4 bilhão de pessoas, representa mais de 1 milhão de toneladas de carne de frango – o que faz da China o maior importador mundial do produto.

Mas o destaque recai sobre as importações das carnes bovina e ovina, inexistentes nos primeiros dos anos 2000, pelos dados do USDA. No estudo divulgado, elas só começam a aparecer no início da década passada e, pelos valores apontados, alcançam volume que já supera as importações de carne de frango. Efeito, sem dúvida, do aumento do poder aquisitivo do consumidor chinês.

Fonte: Avisite.

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