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Consumo de matéria seca e desempenho animal em pastagens tropicais

O consumo de matéria seca é um dos principais determinantes do desempenho animal em pastagens. Apesar disso, poucos trabalhos têm sido desenvolvidos para identificar os fatores que controlam o consumo animal em pastagens tropicais.

Euclides et al. (1999) conduziram um experimento para estimar o consumo de matéria seca de animais pastejando os capins Colonião, Tobiatã e Tanzânia e relacioná-lo com ganho de peso, tempo de pastejo e algumas características químicas e estruturais das pastagens (Tabela 1).

Tabela 1. Correlação entre consumo de matéria seca, tempo de pastejo (TP), ganho de peso diário (GPD) e algumas características dos capins Colonião, Tobiatã e Tanzânia


** P<0,01. Fonte: Euclides et al. (1999).

Os resultados apresentados na Tabela 1 confirmam que o consumo de matéria seca é um dos principais determinantes do desempenho animal em pastagens. Dentre as características do pasto avaliadas, a disponibilidade de folhas apresentou a mais alta correlação com o consumo, seguida por porcentagem de material morto, FDN, relação material verde:material morto e porcentagem de folhas. A porcentagem de material morto foi a característica do pasto que apresentou maior correlação com o desempenho animal, seguida da disponibilidade de matéria seca verde e da disponibilidade de folhas. A partir desses resultados, Euclides et al. (1999) concluíram que as características estruturais das pastagens (disponibilidade de folhas, porcentagem de folha e de material morto e relação material verde:material morto) influenciaram mais o consumo de matéria seca, o ganho de peso diário e o tempo de pastejo que as características relacionadas ao seu valor nutritivo.

Comentário:

Os resultados de Euclides et al. (1999) confirmam a importância da avaliação da massa de forragem como ferramenta de manejo de pastagens. Nesse experimento, realizado com cultivares de Panicum maximum, o consumo e o desempenho animal foram correlacionados com a disponibilidade de massa verde e de folhas. Esse experimento não estabeleceu o nível de disponibilidade mais adequado para esses capins, porém experimentos com capim-elefante indicam que o ideal seria uma oferta por volta de 1500 kg/ha de folhas verdes clique aqui para ler o artigo

Literatura citada:
Euclides, V.P.B.; Thiago, L.R.L.S.; Macedo, M.C.M.; Oliveira, M.P.de. Consumo voluntário de forragem de três cultivares de Panicum maximum sob pastejo. Revista Brasileira de Zootecnia, v.28, n.6, p.1177-1185, 1999.

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