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Consumo doméstico tímido e demanda externa aquecida definem preços da carne

Na primeira quinzena de janeiro, o preço da arroba registrou alta de 48% e a da vaca superior a 43%, no comparativo com o mesmo período de 2020. A valorização, que está diretamente ligada à restrição da oferta de animais terminados, é o tema da editoria #MercadoAgropecuário desta segunda-feira (18).

Com forte demanda externa, quando o consumo interno está baixo e a produção de carne menor, o cenário contribui para não saturar o mercado doméstico e garantir escoamento da produção.

De acordo com a analista técnica do Sistema Famasul, Eliamar Oliveira, este é o momento em que as pastagens não atingiram qualidade suficiente para produzir volume significativo de animais prontos para o abate. “A expectativa para 2021 é que o abate e a produção de carne bovina não apresentem avanços em relação ao ano passado. Uma das variáveis que levam a essa conclusão é o alto patamar de preços dos bezerros ser um estímulo para a retenção de fêmeas”, avalia.

O bom desempenho das exportações também contribui para o comportamento de alta dos preços da arroba. De acordo com um levantamento feito pelo departamento técnico do Sistema Famasul, na primeira semana de 2021, o Brasil exportou em média 8,1 mil toneladas de carne bovina, aumento de 53,05% em relação ao mesmo período do ano passado.

“Na linha histórica, em janeiro de 2014 foram exportadas 130 mil toneladas, e em 2020 foram 135 mil. Podemos dizer que, considerando os últimos anos, a expectativa é que este seja o melhor janeiro em seis anos”, complementa.

No Boletim Técnico de Pecuária, você acompanha a movimentação do mercado pecuário em Mato Grosso do Sul. Nesta segunda-feira (18), publicaremos o material na íntegra.

Fonte: CNA.

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