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Segundo o presidente da comissão de pecuária da CNA (Confederação Nacional da Agricultura) o consumo per capta de carne bovina cairá dois quilos este ano. O consumo médio por pessoa no Brasil passará de 36kg/ano para 34kg/ano.
Tal expectativa de redução de consumo, num país de 160 milhões de habitantes, significa que a retração de 2 kg representa a redução do consumo interno em 320 mil toneladas de carne, ou seja, metade do volume que provavelmente será exportado este ano, ou 5% do total produzido.
Confirmado estes valores será o ano de pior consumo de carne bovina desde o início do plano real em 1994.
O consumo em 94 foi de 35kg/habitante/ano, e nos anos subseqüentes sempre esteve na faixa de 36kg acima.
Certamente que este fato é resultado direto do grau de intensidade da perda de poder aquisitivo da população brasileira, cujo salário mínimo no início de 99 era de aproximadamente US$108,00 e atualmente é de menos de US$70,00.
Uma desvalorização de aproximadamente 37%.
É o caso de se pensar, o que teria acontecido se não tivessem ocorrido os contratempos com alguns produtores mundiais de carne e o Brasil não conseguisse aumentar o volume de carne exportada.
Se o Brasil não tem condições de aumentar o poder de compra da população, tem obrigatoriamente que pensar melhor nas estratégias de vendas no exterior, e ver como era bem mais confortável quando não havia tanta necessidade de se pensar em mercado externo.
A produção interna tem aumentado, o desfrute dos pecuaristas tem aumentado, e se o consumo interno tem diminuído, é um indicativo que o mercado externo tem que ser encarado como alternativa e se buscar depender menos do mercado interno.
O aumento das exportações tem ajudado bem, porém não pode parar nos volumes atuais e, outras medidas que estão sendo tomadas não devem cair no esquecimento.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, está reivindicando junto a OMC – Organização Mundial do Comércio, o aumento da Cota Hilton a que o Brasil tem direito, das atuais 5 mil toneladas para 30 mil toneladas.
A cota Hilton não sofre a penalização de sobretaxas, ao contrário das demais remessas, cuja alíquota varia entre 100% e 300%, segundo a CNA.
O Ministério proclama que o Brasil tem plenas condições de exportar mais para a Europa, bastando para tanto que estas taxas e os subsídios sejam reduzidos.
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