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Controle do carrapato – Por que se deve “quebrar” as gerações?

O carrapato dos bovinos realiza todo o ciclo de vida parasitária no mesmo hospedeiro, ou seja, as larvas sobem no corpo do bovino vindas do pasto, sofrem duas mudas, passando à ninfas e, posteriormente, adultos. Após o acasalamento, as fêmeas ingerem grandes volumes de sangue e caem ao solo para, então, formar e pôr seus ovos. Todo este processo dura em média 21 a 23 dias, apresentando pouca variação deste período, pois os parasitos encontram condições adequadas para seu desenvolvimento na pele do animal.

A fase de vida livre (não parasitária) é influenciada pela temperatura e umidade ambientais. Diferente da vida parasitária, a fase livre pode se estender por vários meses (> 6 meses) conforme as condições ambientais, atravessando períodos desfavoráveis, tais como, invernos frios ou períodos de estiagem.

Começa com a queda da fêmea do carrapato repleta de sangue, a qual busca um local protegido para se esconder e colocar seus ovos. Se as condições são favoráveis (temperatura acima de 15ºC), inicia a ovopostura após 15 dias no pasto. Os ovos irão eclodir quando as condições forem satisfatórias, liberando as larvas que estão prontas para iniciar o parasitismo, ficando no pasto à espera do bovino.

Estudos demonstraram que os carrapatos dos bovinos fazem de 3 a 4 gerações ao ano, dependendo da região do país. Martins et al. (2002) descreveram três gerações em Eldorado do Sul (RS) com picos na primavera, no verão e no outono. Este padrão ocorre também em outras partes do Brasil, variando as épocas e a intensidade dos picos, mas com a mesma sequência de uma geração formando a próxima que será cada vez maior (vide Figura 1).


Figura 1. Dinâmica de gerações do carrapato nas condições climáticas da região da Depressão Central do Rio Grande do Sul. (G = geração)

As larvas no pasto não se alimentam, sobrevivendo apenas a partir de suas reservas nutricionais. Neste momento, elas seguem dois rumos: sobem no bovino e iniciam sua alimentação ou acabam morrendo no campo por exaustão de energia, portanto, o manejo é uma importante forma de controlar.

Durante o inverno milhares de larvas morrem, reduzindo a infestação do pasto, porém na primavera, com o aumento da temperatura, a população de carrapatos vai se recompondo e crescendo novamente a infestação.

O controle estratégico e seus impactos sobre as gerações de carrapatos

O avanço da infestação, demonstrado na Figura 1, desemboca em altas cargas de carrapato no outono, com inúmeros casos de Tristeza Parasitária. Estes problemas preocupam muito os produtores, porém se tivessem tomado as medidas corretas ainda na primeira geração (G1), quando o problema era menor, poderiam impedir este crescimento e o controle seria mais eficiente.

Parte do insucesso destes programas é a alta resistência aos carrapaticidas convencionais, com a sobrevivência de milhares de parasitos e infestação do pasto. Programas devem adotar produtos eficazes, como por exemplo, aqueles que adotam os Inibidores de Crescimento de Ácaros. O fluazuron (Acatak®) é uma destas opções, atuando inclusive em carrapatos resistentes aos princípios ativos tradicionais, e mantendo a formação de anticorpos contra os agentes causadores da Tristeza Parasitária (Babesia e Anaplasma). Dessa forma, controla dois problemas de uma vez só.

O efeito longa ação da formulação com fluazuron impede que os carrapatos atinjam a fase adulta. A infestação ambiental é reduzida pela constante remoção das larvas do pasto e pela ausência de novas ovoposturas, formadoras das próximas gerações.

Procure assessoramento de profissionais para estabelecer programas de controle logo no início da estação do carrapato, quando o problema é menor e os impactos muito melhores, ficando seu rebanho livre dos carrapatos e com possibilidade de expressar sua produtividade.

Referências consultadas

MARTINS, J.R., EVANS, D.E., CERESÉR, V.H., et al. 2002. Experimental & Applied Acarology, v. 27, n. 3, p. 241-251.

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