A Coréia do Sul está investigando a presença do vírus causador da febre aftosa em mais duas vacas, segundo anunciado pelas autoridades do país na quarta-feira, aumentando as chances de que o foco da doença, que levou ao abate de 12 mil suínos, tenha se espalhado para outros rebanhos, inclusive de outras espécies.
Os focos de febre aftosa nos rebanhos coreanos, no começo do ano 2000, fecharam as portas para as exportações realizadas até então pela indústria de carne suína, de cerca de US$ 400 milhões por ano, e levaram a meses de investigações em 80 focos suspeitos, dos quais menos de 20 foram positivos.
No sábado, foi confirmado que os suínos realmente tinham aftosa, o que levou as autoridades do país a fechar mercados rurais e abater rebanhos e animais de fazendas próximas à área afetada.
“Nós estamos investigando a informação de que 2 vacas mostraram sinais de febre aftosa”, disse um representante do Ministério da Agricultura da Coréia do Sul. Dois outros casos suspeitos testados anteriormente apresentaram resultados negativos. Os resultados dos testes destas duas vacas deverão sair em breve.
Os focos de aftosa surgiram no país a apenas algumas semanas do início da Copa do Mundo de Futebol, que começará em 31 de maio, e será realizada na Coréia do Sul e no Japão. No entanto, as autoridades do governo estimam que o impacto causado por esta notícia no consumo de carnes durante o evento seja pequeno, já que a doença afeta somente animais biungulados, não afetando seres humanos.
A carne bovina e suína é um prato bastante popular nas churrascarias da Coréia, e a expectativa é que esses estabelecimentos tenham uma grande demanda com a Copa do Mundo.
Esses novos focos de aftosa reduziram as esperanças da Coréia do Sul de retomar as exportações de carne suína, especialmente para o Japão. Na semana passada os exportadores da Austrália disseram que tentarão ganhar o mercado deixado pela Coréia do Sul.
Fonte: Reuters, adaptado por Equipe BeefPoint