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Cortar consumo de carnes vermelhas não conterá emissões, diz Comissão Europeia

Pedir que os consumidores cortem o consumo de carnes vermelhas não é uma forma efetiva de enfrentar a mudança climática, disse a Comissão Europeia. Durante uma reunião com oficiais do English Beef and Lamb Executive (EBLEX) em Bruxelas na semana passada, um representante da Diretoria Geral para Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGAGRI) enfatizou que a política da União Europeia (UE) promove dietas saudáveis e tem a legislação para garantir a segurança alimentar, mas não tem o papel de determinar o que as pessoas devem consumir.

Pedir que os consumidores cortem o consumo de carnes vermelhas não é uma forma efetiva de enfrentar a mudança climática, disse a Comissão Europeia. Durante uma reunião com oficiais do English Beef and Lamb Executive (EBLEX) em Bruxelas na semana passada, um representante da Diretoria Geral para Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGAGRI) enfatizou que a política da União Europeia (UE) promove dietas saudáveis e tem a legislação para garantir a segurança alimentar, mas não tem o papel de determinar o que as pessoas devem consumir.

João Almeida da Silva, do DGAGRI, também reiterou a posição de que informações baseadas em fatos sobre o impacto das emissões de gases de efeito estufa (GEE) de diferentes métodos de produção são melhores do que “influenciar o consumo de carnes”. Entretanto, disse ele, a agricultura ainda tem um papel importante no controle das emissões.

Os comentários foram feitos durante uma série de reuniões organizadas pelo EBLEX na Comissão Europeia, cobrindo temas como mudança climática, Política Agrícola Comum (PAC), tendências de produção de carne bovina e suína e encefalopatias espongiformes transmissíveis (TSE). Esse evento aconteceu poucos dias antes de Westminster lançar o plano de Ação de Gases de Efeito Estufa no qual 16 organizações representando a indústria agrícola da Inglaterra determinaram como a indústria reduzirá suas emissões de GEE em três milhões de toneladas de CO2 equivalentes de 2018 a 2022, sem comprometer a produção doméstica.

A pesquisa publicada pelo Centro de Pesquisa Conjunta da Comissão Europeia no começo do ano mostrou que as emissões dos animais domésticos são responsáveis, segundo estimativas, por cerca de 9,1% de todas as emissões da União Europeia (UE) – metade do volume divulgado em um relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) em 2006, que foi muito debatido. Os cientistas que trabalharam no relatório da FAO admitiram que diferentes metodologias nos cálculos comparadas com outros setores tornam os dados suspeitos. Uma revisão do relatório da FAO deverá ser divulgada no final desse ano, que poderá sugerir que a produção de carne bovina, por exemplo, é mais razoavelmente responsável por cerca de 3% das emissões de GEE.

O Conselho de Desenvolvimento de Agricultura e Horticultura, do qual o EBLEX faz parte, mantém um escritório em Bruxelas para apoiar o acesso aos mais altos níveis de debates que impactam nos produtores de carne bovina e ovina da Inglaterra.

O EBLEX produziu mapas examinando as emissões de GEE no setor de carne bovina e ovina, bem como assuntos relacionados à energia e ao uso da água, sugerindo formas práticas pelas quais os produtores podem reduzir seu impacto ambiental enquanto melhroam suas margens financeiras. Esses trabalhos podem ser encontrados no site http://www.eblex.org.uk/publications/corporate.aspx. Também se pode ter acesso a mais informações sobre o plano de Ação de GEE no site http://www.eblex.org.uk/news/GHGAP-launch.aspx.

A reportagem é do TheBeefSite.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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