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Decisão de OMC pode permitir volta de carne argentina aos EUA

Entre fim de maio e primeiros dias de junho, se tornará oficial a decisão da Organização Mundial de Comércio (OMC) que reconhece que não há motivos para que os EUA impeçam a entrada de carne argentina e indica que se deve reverter essa situação.

O embargo americano à carne resfriada e sem osso da Argentina iniciou-se em 2001, após a detecção de um foco de febre aftosa no país. Esse embargo se mantém até hoje, inclusive, depois que o país foi classificado pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) como país livre de aftosa sem vacinação na Patagônia e com vacinação no resto do país.

Esse status foi corroborado pelo Serviço de Inspeção de Sanidade Animal e Vegetal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA/APHIS), que declarou que “as medidas de vigilância e controle aplicadas pela Argentina são suficientes para minimizar a probabilidade de introdução da febre aftosa nos Estados Unidos”.

Diante da notificação da decisão, a presidente argentina, Cristina Fernández, declarou que “essas são as coisas ridículas, absurdas e inconcebíveis e as coisas que nos vendem. E o que é pior, muitas vezes, fazem nossos próprios produtores acreditarem que a culpa é de uma política equivocada da Argentina, quando na realidade, é o protecionismo mais descarado. Os EUA, defensor do livre comércio, é o país que mais painéis tem na OMC por barreiras tarifarias”.

Uma vez emitido o comunicado oficial da decisão, deve-se fazer a negociação que reativará o fluxo comercial de negócios de mais de US$ 350 milhões. Essa reativação comercial traz junto a abertura do mercado canadense e mexicano, com quem há negociações avançadas. A isso, soma-se o fato de que a Argentina tem uma cota de carne de 20.000 toneladas – de antes do embargo – que lhe permite entrar com uma tarifa de 4,4 centavos de dólar por quilo frente a uma tarifa de 26,4% sobre o valor FOB à carne que entre fora da cota.

Fonte: El Observador, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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