“Carne bovina será consumida mais democraticamente no mundo na próxima década”, diz diretor da Conab
30 de agosto de 2021
Comissão aprova isenção de PIS/Pasep e Cofins para ração de gado e peixe
30 de agosto de 2021

Depois de uma semana de baixa, arroba do boi gordo volta a ficar estável na maioria das praças pecuárias

Nesta sexta-feira, 27 de agosto, o mercado brasileiro de boiada gorda registrou estabilidade na maioria absoluta das praças de comercialização, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.

Em São Paulo, após a queda de R$ 3/@ para o boi gordo ao longo da semana, a quantidade de negócios foi menor nesta sexta-feira e os preços ficaram estáveis na comparação com o dia anterior, relata a Scot Consultoria.

Dessa maneira, o boi, vaca e novilha gordos seguem negociados a R$ 312/@, R$ 292/@ e R$ 307/@, respectivamente, preços brutos e a prazo.

Apesar das recentes reduções de preços durante o mês – estimuladas pela retração na demanda das plantas frigoríficas e pela oferta dos primeiros lotes de confinamento –, os preços da arroba, ao que tudo indica, atingiram um suporte e, por isso, seguem firmes em quase todas as praças do País, avaliam os analistas da IHS Markit.

“O suporte aos preços da arroba bovina ainda é baseado nos elevados custos de produção e na dificuldade de compra de gado”, ressalta a consultoria.

Durante a semana, as indústrias frigoríficas aproveitam as escalas de abate acumuladas ao longo do período, formadas por oferta dos lotes de primeiro giro de confinamento, para evitar adquirir animais terminados e criar pressões de baixa nas principais regiões do País.

Segundo a IHS, há relatos de frigoríficos que ainda permanecem fora das compras.

“Isso porque as sobras de carne no varejo não incentivam à procura por reposição de estoques por parte dos entrepostos, permitindo maior folga nas necessidades de aquisição de animais terminados nas unidades de abate, principalmente no Sudeste e Centro-Oeste”, justifica a consultoria.

Do lado de dentro das porteiras, os pecuaristas, ao longo da semana, buscaram manter efetivações de negócios próximos às máximas vigentes.

“Há uma grande dificuldade para a engorda dos animais com meios alternativos aos tradicionais, em função dos elevados custos de nutrição”, observa a IHS.

Os preços da arroba negociados para os próximos meses, por meio dos contratos futuros na B3, também não criam cenário favorável para a recria ou engorda, gerando a possiblidade de redução do rebanho brasileiro, relata a consultoria.

No entanto, crescem as expectativas de nova restrição de oferta de boiadas até o pico da entressafra, o que ainda sustenta o confinamento de bois magros, que fornecem rápido giro de caixa aos pecuaristas, avalia a IHS.

No mercado futuro, os contratos do boi negociados registraram variações positivas, sinalizando recuperação em relação aos últimos movimentos de baixa.

Os negócios para out/21 e nov/21 avançaram, respectivamente, R$ 3,25 e R$ 3,50, retornando aos patamares de R$ 314/@ e R$ 321,50/@.

O contrato de vencimento mais curto apresenta forte variação positiva da ordem de R$ 2,15, permanecendo em linha com os preços praticados no indicador CEPEA/B3 (R$ 312,45, cotação em 26/8, mercado paulista).

Entre as principais praças pecuárias do Brasil, houve registro de variações negativas da arroba no Paraná, em função de problemas logísticos, que prejudicam o escoamento ao exterior, além da grande morosidade de vendas no varejo, o que gera sobras nos entrepostos e reduz a demanda dos frigoríficos por animais terminados.

No mercado atacadista, os preços dos principais cortes bovinos, assim como do couro e sebo industrial, permaneceram estáveis na sexta-feira.

O setor relata demanda extremamente irregular e lenta, muito abaixo da média até mesmo para a última semana do mês.

Nesta situação, a procura por reposição é extremamente baixa e as expectativas de reação ficam restritas aos primeiros quinze dias de setembro, após o recebimento dos salários, relata a IHS Markit.

Cotações máximas desta sexta-feira, 27 de agosto, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 316/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca a R$ 302/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 313/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 304/@ (prazo)
vaca a R$ 295/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 304/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 289/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 302/@ (prazo)
vaca R$ 292/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 304/@ (prazo)
vaca a R$ 294/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 295/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 311/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 298/@ (à vista)
vaca a R$ 288/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 315/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 315/@ (à vista)

vaca a R$ 300/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 295/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 294/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 287/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 295/@ (à vista)
vaca a R$ 287/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 294/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 299/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 288/@ (à vista)
vaca a R$ 284/@ (à vista)

Fonte: Portal DBO.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress