Uma reunião de deputados ruralistas da Comissão de Agricultura da Câmara realizada nesta sexta-feira (1/05), durante a Agrishow, em Ribeirão Preto/SP, se transformou em palco de ataques à legislação ambiental brasileira, às entidades do setor e de luta pela terra, principalmente o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Uma reunião de deputados ruralistas da Comissão de Agricultura da Câmara realizada nesta sexta-feira (1/05), durante a Agrishow, em Ribeirão Preto/SP, se transformou em palco de ataques à legislação ambiental brasileira, às entidades do setor e de luta pela terra, principalmente o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
O primeiro a se pronunciar, deputado Moreira Mendes (PPS-RO) disse que “o MST pode ser comparado ao narcotráfico colombiano, é ilegal e traz insegurança ao homem do campo”. Já Paulo Piau (PMDB-MG), disse não ver como trazer a estabilidade para o campo no País diante dos constantes conflitos fundiários e ainda fez duras críticas às restrições ambientais para o plantio de áreas agrícolas. “Acho que a desobediência civil organizada é a única forma de mostrarmos que alguma coisa está errada”, disse.
Entre as incoerências apontadas pelos ruralistas no Código Ambiental Brasileiro, o qual os parlamentares tentam alterar para ser menos restritivo ao agronegócio já consolidado, o deputado Leonardo Vilela (PSDB-GO) citou a distância mínima de áreas de preservação permanente para as margens de rios. “Baseado em quê essa distância foi determinada?”, indagou o deputado numa referência à lei, de 1965. Ele defende critérios agronômicos, como o tipo de solo e a declividade do terreno, para definir qual seria a área mantida.
O ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, voltou a defender que os parlamentares fortaleçam o lobby pelo setor “responsável por um terço do PIB (Produto Interno Bruto) e por um superávit (correspondente a) de 200% do saldo da balança comercial brasileira”, disse. “Nos Estados Unidos o lobby mais forte no Congresso é o do setor agrícola, que tem apenas 2% dos parlamentares. No Brasil, mesmo com 18% dos parlamentares, esse lobby é minoritário”, concluiu Rodrigues.
A matéria é de Gustavo Porto, da Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Já estamos atrazados demais, todavia, sempre é tempo de começar.
RC
O ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, botou o dedo na ferida. Os parlamentares só se manifestam da boca para fora. Não arregaçam as mangas quando devem, procurando arregimentar outros parlamentares para fortalecer o agronegócio, e assim fazer as alterações que o Código Florestal tanto necessita.
Não é só com discursos que vai se resolver este verdadeiro impasse que se encontra entre os ambientalistas (que aliás são bem mais organizados) e os produtores rurais.
O exemplo citado pelo ex-ministro é esclarecedor. Se nos EUA com apenas 2% dos parlamentares são considerados ruralistas, o lobby mais forte é o setor rural, porque aqui no Brasil, com 18% dos parlamentares o setor não consegue se impor?
E aí srs. parlamentares, vamos ARREGAÇAR AS MANGAS ??????????
Kenhiti Ikeda
Fernandópolis-sp
Parabéns pelo texto e pelo tema abordado. Porém acho que seria interessante um debate/explicação mais aprofundada, já que esse tema é de interesse de todos os produtores. Obrigado
em meio a tantos debates falaçoes no congresso, tais pessoas que la dentro estão mais se parecem com meninos brigando por pirulitos , onde fala-se muito e pouco se faz e o pobre homen do campo é que fica vendido sem saber o que fazer e ao mesmo tempo prejudicado porque nao se faz nada para ajuda-lo.
Tudo bem, falta força no legislativo mas já é bom alguem defender os produtores, mesmo que só por posicionamento, por enquanto. Deveríamos nos unir, juntar grana e bancar um comercial no meio do Jornal Nacional pra turma urbana, da qual eu faço parte, saber quem somos, o que fazemos e como fazemos. Quanto que a população da cidade pagará pela preservação do meio ambiente ao produtor rural?
é interesante isso, mas devemos levar em consideração que nos mesmos ou vários de nossos colegas do agronegócio, em vergonha ou nao sei o que de dizer que é um produtor rural, porque e chique ser da cidade,mas esses mesmos da cidade devem ter conciência de que se nõ ouver o homem do campo a cidade morre de fome, e isto ñão é levado em consideração, devemos estar atentos pois no proximo ano teremos elições, dai a hora de alguns ou todos os politicos começarem a defender de araque os produtores, porque no discurso sã muito bons, mas na hora d dar a cara a tapa, eles saem fora de fininho, muito cuidado.