Bom momento: Depois de 66 meses, Mato Grosso volta a exportar uma Tonelada de Equivalente Carcaça (TEC) de carne bovina por menos de US$ 3.100. As 18,29 mil TEC que saíram de Mato Grosso com destino à exportação no mês de janeiro/16 registraram o menor preço médio desde julho/10. Apesar de parecer um fato ruim, necessita-se atentar para a arrecadação em reais, o preço médio em reais da TEC mato-grossense foi de R$ 12.527, valor 135,08% maior quando comparado ao de julho/10. A desvalorização do real frente ao dólar tornou a carne bovina mato-grossense mais competitiva, e desta forma as indústrias frigoríficas ex- portadoras, mesmo com a arrecadação menor em dólar, vislumbram maiores ganhos na hora da conversão. Tendo em vista que grandes exportadores como EUA e Austrália passam por um momento de queda no abate, o dólar valorizado tem auxiliado Mato Grosso nas exportações.
. O preço da arroba do boi gordo e da vaca gorda se manteve estável ao longo da última semana, valorização de 0,07% e desvalorização de 0,14%, respectivamente.
. Outro mercado que tem se mantido estável é o de reposição, além do feriado de carnaval, o número reduzido de negociações fez o preço do bezerro se manter estável, valorização de 0,19% ao longo da última semana, sendo cotado a R$ 1.287,50/cab.
. Para o contrato futuro com vencimento em mai/16, houve valorização de 0,66%, fechando a semana em R$ 154,89/@.
. O diferencial de base SP-MT apresentou queda, desta vez de 0,12 p.p., fechando a semana em 16,61%.
AUMENTANDO: As relações de troca do boi gordo com as principais fontes proteicas vêm apresentando alta desde junho/15. Enquanto o preço do boi gordo permaneceu estável em 2015, as principais fontes de suplementação apresentaram fortes altas. Para se ter uma ideia, em janeiro/16, o pecuarista precisava de 9,12 arrobas de boi gordo para adquirir uma tonelada de farelo de soja, 2,79 arrobas para uma tonelada de milho e 4,43 arrobas para uma tonelada de torta de algodão; esses valores são 23%, 37% e 31% maiores que os de janeiro/15, respectivamente. Diante disso, observa-se que os bovinocultores de corte que planejam realizar uma suplementação proteica na ten- tativa de potencializar o ganho de peso dos seus animais neste início de ano observam um cenário mais desfavo- rável, do ponto de vista de preços, no entanto, caso optem por realizar tal suplementação, a atenção deve ser redo- brada para realizar boas compras desses suplementos.
Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.
12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.
Fonte: Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).