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Desvalorização do yuan não deve afetar Marfrig

A Marfrig afirma que a decisão do Banco do Povo da China (PBoC) de desvalorizar abruptamente a moeda do país, o yuan, nesta terça-feira, dia 11, não deve afetar negativamente as exportações de carne bovina ao mercado chinês nem as operações da Keystone no mercado asiático. O vice-presidente de planejamento estratégico e diretor de relações com investidores, Marcelo Di Lorenzo, afirmou que a previsão considera que não haja oscilações de câmbio relevantes no futuro, mas afirma que “fica pouco claro o que deve acontecer macroeconomicamente na China”.

Já Martin Secco, diretor-presidente da Marfrig, afirmou também que a empresa não espera começar embarques de carne bovina in natura para os Estados Unidos em agosto, conforme previsto pelo ministério da Agricultura após a abertura deste mercado. “Não pensamos que seja em agosto em função das informações extraoficiais que temos. Nos sentiríamos confortáveis se eles pudessem começar antes do fim do ano”, disse.

Independentemente disso, a Marfrig diz não esperar aumento significativo em sua produção por causa da demanda chinesa ou norte-americana. Segundo Secco, o objetivo da companhia é obter uma melhor precificação das toneladas embarcadas para aumentar sua rentabilidade.

A respeito da Rússia, um dos principais compradores dos produtos brasileiros, o diretor-presidente afirma que ainda vê “compras esporádicas” e não espera “recuperação significativa no segundo semestre”. Já o Irã e Egito “continuam operando de forma absolutamente regular”, inclusive com novas habilitações de plantas. Segundo Secco, o mercado de Hong Kong também permanece “absolutamente aberto”. A exportação à província semiautônoma tem caído em 2015 e, segundo analistas, o declínio se deve a uma postura mais dura por parte do governo chinês para coibir remessas de produtos ilegais que chegam à porção continental do país via Hong Kong.

A companhia informou ter fechado cinco fábricas no Brasil neste ano, de um total de 15 em operação. Com a medida de ajuste produtivo, a companhia reduziu em 29% a sua capacidade instalada e tem por meta manter mais de 90% deste potencial em uso. “Há seis semanas, a utilização está acima de 95%”, destaca Martin Secco. A mudança resultou na demissão de quase 2,346 mil trabalhadores, mas a companhia afirma que não causou uma queda em sua produção, já que demandas foram realocadas para fábricas em funcionamento.

O ajuste produtivo foi feito pela empresa em meio à menor disponibilidade de bois no mercado interno e aos processos de melhoria da operação no Brasil. Secco afirma que todas as unidades fechadas estão em condições perfeitas de utilização e podem ser reabertas “em função de mudanças significativas no futuro”. O presidente, no entanto, descarta que as fábricas sejam reabertas ainda neste ano. “Também não temos previsão para realizar novas adequações”, diz Secco.

Fonte: Jornal do Comércio, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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