Dicas CFM para o diagnóstico de gestação

Com o término da estação de monta, é chegado um dos momentos importantes da estação reprodutiva e de apuração do desempenho da fazenda: o diagnóstico de gestação, conforme informações da Gabriela Giacomini, zootecnista da Agro-Pecuária CFM.

“O diagnóstico de gestação, que pode ser realizado com ultra-sonografia ou palpação retal (“toque”), é considerado estratégico, uma vez que permite ao pecuarista saber antecipadamente o número de bezerros que irão nascer durante a safra e com isso planejar melhor a estratégia comercial”.

Outro benefício imediato do diagnóstico de gestação é servir como parâmetro para avaliar o resultado da estação reprodutiva da fazenda como um todo. Isso permite, por exemplo, medir a eficiência do trabalho dos inseminadores, a eficácia dos touros na monta, além dos níveis de fertilidade das próprias fêmeas.

No calendário técnico da CFM, projeto especializado na produção de touros Nelore com CEIP (Certificado Especial de Identificação e Produção), com produção anual de 2 mil touros, durante o mês de abril é feito o diagnóstico de gestação. O serviço é iniciado com cerca de 60 dias do término da estação de monta e é realizado através da palpação retal.

Com o resultado do diagnóstico de gestação em mãos, a equipe técnica da CFM pode predizer o volume de bezerros da safra e, com estes dados, é feita toda a programação de descarte de animais para abate, cuidados com a formação de pastos maternidade, programa sanitário, e projeção de vendas de bezerros ou garrotes para recria. Após o toque, dentre as decisões que deverão ser tomadas, a mais importante é o descarte das fêmeas vazias. Os animais inférteis são um peso morto no rebanho e uma boa fonte de renda na hora do abate e diminuição da lotação das pastagens para o período de seca, o que ajuda a complementar o manejo de pasto da propriedade.

Outro ponto importante é que o descarte das fêmeas vazias, sejam novilhas ou vacas, atua como uma seleção direta para fertilidade e aumento dos índices reprodutivos e produtivos da fazenda. Essa prática de descarte sumário das fêmeas vazias é realizada há mais de quarenta anos e ajudou e muito no aumento da eficiência reprodutiva do rebanho. Como comenta Gabriela, “não olhamos as DEPs ou informação do Índice CFM, se a vaca está vazia o destino dela é o abate. Somente assim temos certeza que todas as vacas inférteis estão fora do sistema”.

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