Os aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA), presentes em produtos como leite, carne, peixes ovos e alguns grãos, são nutrientes essenciais da dieta. Segundo a Food and Agriculture Organization, eles correspondem a 46% dos aminoácidos essências da dieta.
A leucina, isoleucina e valina, que correspondem aos BCAA, são metabolizados para a produção de energia, constituindo-se em substratos importantes na prevenção da fadiga e na preservação do glicogênio muscular. Além disso, alguns desses aminoácidos possuem efeitos específicos como é o caso da leucina que tem sido considerada importante para a recuperação muscular após os exercícios mais intensos.
Um artigo escrito por pesquisadores finlandeses e publicado no Exercise and Sport Science Reviews, revista do Colégio Americano de Medicina Esportiva, informa que existem evidências muito consistentes para considerar as seguintes hipóteses:
– Indivíduos ativos e com pouca gordura corporal apresentam baixa concentração de BCAA no sangue, o que caracteriza evidência de grande utilização desses nutrientes. Por outro lado, pessoas sedentárias e obesas apresentam altos índices de BCAA, o que caracteriza baixa metabolização desses nutrientes.
– A atividade física, particularmente a atividade aeróbica, aumenta significativamente o metabolismo muscular dos BCAA.
A dieta rica em BCAA ou sua suplementação está associada com aumento do metabolismo lipídico, ou seja maior queima de gordura corporal, desde que associada à atividade física aeróbica.
Esta última evidência, parece representar um fato novo nos conceitos da nutrição esportiva e acena com perspectivas muito promissoras a respeito do entendimento do metabolismo das gorduras associada à utilização deste nutriente.
Fonte: Artigo de Turibio Barros, para o http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/, adaptado pela Equipe BeefPoint.